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Oriente médio

ONU duvida de alívio ao bloqueio a Gaza

 | Jewel Samad/AFP
(Foto: Jewel Samad/AFP)

O chefe da agência de refugiados das Nações Unidas para os palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) disse ontem que tem dúvidas so­­bre o alívio do bloqueio israelense à faixa de Gaza.

O comissário-geral, Filippo Grandi, chamou o bloqueio de "absurdo, contraproducente e ilegal" e disse que certos elementos do plano de Israel para o relaxamento da contenção militar da re­­gião não estavam claros de co­­mo seriam implantados. "Eles es­­tão falando de itens que serão per­­mitidos algumas vezes e em ou­­tras circunstâncias não, dependendo de para quem eles serão entregues. O plano ainda está mui­­to complicado", disse Grandi.

"Nós vemos longas declarações de como eles irão fazer, mas o problema são os detalhes. Nós temos que ver como isso será feito e ainda não vimos nada. Quere­­mos fatos, pois as condições na região estão muito ruins’’, completou o comissário.

Ele também pediu que Israel abrisse a passagem de Karni, no nordeste de Gaza, para que grandes quantidades de cimento, ma­­teriais de construção e ajuda humanitária possam entrar na região.

"Boa vontade"

Enquanto é fortemente criticado pelas proibições que impõe a Gaza, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou ontem que seu país está disposto a avançar no processo de paz e a deixar para trás as tensões das últimas semanas.

Barak fez as declarações antes de se reunir com a secretária de Estado americana, Hillary Clin­­ton, com quem discutirá o bloqueio a Gaza e a retomada das con­­versas diretas entre israelenses e palestinos. "Estamos totalmente comprometidos a trabalhar junto com a secretária para tentar encontrar a maneira de se­­guir adiante com o processo de paz em Israel, e deixar de lado to­­das as dificuldades que surgiram nas últimas semanas", disse Ba­­rak.

Por sua parte, Hillary deu as boas-vindas a "um velho amigo", de quem destacou que, "sem dú­­vida, está profundamente envolvido em cada decisão importante que afeta a segurança de Israel e as perspectivas de paz".

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