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Destruição causada por ataque aéreo em Gaza, em imagem de 2014 | Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
Destruição causada por ataque aéreo em Gaza, em imagem de 2014| Foto: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Tomada por guerras, embargo de Israel e ação de grupos armados locais, a Faixa de Gaza pode se tornar inabitável em cinco anos, declarou a agência da ONU para desenvolvimento e comércio (UNCTAD) em seu relatório anual. De acordo com o órgão, as tendências econômicas atuais levam a região à beira do colapso.

“As repercussões sociais, de saúde e de segurança da alta densidade populacional e da aglomeração são alguns dos fatores que podem com que não se possa viver em Gaza em 2020”, levanta o relatório. “Em 2014, “a Faixa de Gaza sofreu o terceiro conflito com operações militares em larga escala em seis anos, depois de oito anos de bloqueio econômico.”

Para os economistas da ONU, os esforços de reconstrução são “extremamente lentos em relação à magnitude da devastação”.

“A economia local de Gaza não teve a oportunidade de se recuperar, e as condições socioeconômicas no enclave estão em seu nível mais baixo desde 1967, na Guerra dos Seis Dias. As perspectivas para 2015 são sombrias, devido à instabilidade política, à redução das correntes de ajuda, à lentidão da reconstrução em Gaza e aos efeitos persistentes da retenção por Israel das receitas alfandegárias palestinas durante os quatro primeiros meses de 2015.”

A Faixa de Gaza sofre um bloqueio econômico e político forte desde 2006, quando um soldado israelense foi capturado por lá. O grupo radical Hamas, que controla a região, diz buscar a paz e um estado formal, mas continua a se envolver em conflitos armados com o Exército rival.

A guerra em Gaza de julho e agosto de 2014 deixou mais de 2.200 mortos do lado palestino e 71 do lado israelense. Com 1,8 milhão de pessoas, Gaza tem uma das maiores densidades populacionais do mundo.

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