O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reagiu com cautela nesta sexta-feira (13) ao anúncio da realização de eleições nacionais em Mianmar no dia 7 de novembro, pedindo à junta militar da antiga Birmânia que permita uma votação "livre e limpa".
Num texto cautelosamente redigido, o porta-voz Martin Nesirky disse que Ban "reitera seu apelo às autoridades de Mianmar para honrar seus compromissos publicamente declarados de realizar eleições inclusivas, livres e limpas, a fim de promover as perspectivas de paz, democracia e desenvolvimento para Mianmar."
Nesirky não citou a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz que vive sob prisão domiciliar, e cujo partido teve negado o registro eleitoral.
Espera-se que Suu Kyi seja libertada em 13 de novembro da prisão domiciliar, cerca de uma semana depois da votação. Na última eleição, em 1990, a sua Liga Nacional pela Democracia obteve ampla maioria, mas os militares ignoraram o resultado.
O porta-voz da ONU disse que Ban pediu "a libertação de todos os prisioneiros políticos restantes, sem demora, para que eles possam participar livremente da vida política no seu país."



