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América central

ONU vai reduzir progressivamente forças de polícia no Haiti

Número de policiais deve cair de 1,6 mil para 1,15 mil. Chefe da missão militar no país, porém, não informou quando a redução será iniciada

A ONU vai reduzir progressivamente as forças de polícia que mantém no Haiti, devido à estabilização da situação no país, devastado por um terremoto em 2010, anunciou nesta sexta-feira (16) o chefe da missão militar no país, o chileno Mariano Fernández.

"A visão do secretariado das Nações Unidas, da qual nós compartilhamos totalmente, é reduzir progressivamente os efetivos da Minustah", a Missão de Estabilização da ONU no Haiti, ressaltou Fernández durante uma reunião do Conselho de Segurança sobre esse país.

A ONU pretende passar seus efetivos da polícia para 1.150, frente aos 1.600 atuais, indicou Fernandez, o que deixaria no total 9.450 soldados e policiais no Haiti. A Minustah tem um componente civil e um militar.

"O povo haitiano mostrou uma grande força e uma determinação admirável frente a tantos desafios e catástrofes", ressaltou o chefe da missão.

"A redução em número (das forças de polícia) deve ser compensada por uma importância crescente dada à qualidade e à especialização dos membros da polícia", disse, sem indicar quando esta redução terá início. Ele citou a importância da criação de uma academia de polícia "que exigirá uma cooperação internacional, de forma que ela possa se tornar uma instituição de excelência e um instrumento importante para o exercício da lei".

Fernández também ressaltou que a situação humanitária no Haiti "continua sendo um fator de preocupação", no momento em que cerca de 640.000 pessoas ainda vivem em campos, após o terremoto de 12 de janeiro de 2010.

Após o tremor de terra, a quantidade de homens da Minustah passou de 9.000 para 12.250.

A Minustah, afetada por uma polêmica relacionada a um caso de violência sexual por parte de capacetes azuis e acusada no Haiti de ter introduzido o cólera, continuará "aguardando que uma força nacional possa assumir o controle", assegurou nesta semana o presidente haitiano, Michel Martelly.

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