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Um dia depois da megablitz de agentes do Fisco argentino contra o grupo que edita o Clarín, principal jornal do país, os partidos da oposição cerraram fileiras para enfrentar a presidente Cristina Kirchner e tentar impedir a aprovação do polêmico projeto da Lei de Radiodifusão apresentado pelo governo. É a primeira vez que a oposição decide unir esforços desde que o governo sofreu uma derrota nas eleições parlamentares de junho.

Para evitar a aprovação do projeto - considerado um instrumento para limitar os atuais grupos de mídia e permitir mais intervenção do Estado na imprensa -, os peronistas dissidentes, a União-PRO, e a União Cívica Radical (UCR) anunciaram que pretendem adiar a votação para dezembro, quando tomará posse o novo Parlamento, no qual a oposição será maioria. O governo, na contramão, pretende votar o projeto ainda neste mês.

"Se o governo aprovar o projeto, em dezembro revisaremos a lei com a nova maioria parlamentar", ameaçou o deputado Oscar Aguad, líder do bloco da UCR. Maurício Macri, prefeito de Buenos Aires e líder do Proposta Republicana (PRO), indicou que tentará derrubar o projeto na Câmara. Um dos líderes da resistência ao projeto é o vice-presidente de Cristina, Julio Cobos. Ele ocupa o posto de presidente do Senado e desponta como presidenciável.

O governo, que encara Cobos como "traidor", pediu ontem sua renúncia. O chefe do gabinete, Aníbal Fernández, ressaltou que o vice "deveria dar um passo para o lado. É absurdo que ele jogue contra o governo". Desde que se rebelou contra Cristina, a popularidade de Cobos cresceu sem parar.

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