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Presidentes da Argentina, França e Colômbia pregaram diálogo em reunião em Paris, mas representante da oposição disse que questões de direitos humanos não são “negociáveis”
Presidentes da Argentina, França e Colômbia pregaram diálogo em reunião em Paris, mas representante da oposição disse que questões de direitos humanos não são “negociáveis”| Foto: EFE/EPA/Christophe Ena

Os presidentes de Argentina, Colômbia e França afirmaram nesta sexta-feira (11) que o diálogo é a “única via” para resolver a crise política na Venezuela, ao final de um encontro em Paris entre o regime e a oposição do país caribenho.

Alberto Fernández, Gustavo Petro e Emmanuel Macron, que promoveram a realização do encontro e participaram dele, “manifestaram seu total apoio à retomada do processo de negociação entre os venezuelanos”, segundo um comunicado conjunto.

Participaram do encontro Jorge Rodríguez, chefe da delegação oficial venezuelana para negociações com a oposição, e Gerardo Blyde, chefe da delegação da oposição.

Entretanto, após o encontro, Blyde refutou uma proposta de Petro de “anistia geral” para o processo de negociação venezuelano. “Há questões de crimes contra a humanidade e violações de direitos humanos que não são negociáveis”, disse o representante da oposição, que não estimou prazo para uma eventual retomada das conversas com a ditadura chavista.

“Não temos uma data, mas espero que seja o mais rápido possível”, afirmou.

Os presidentes da França, Argentina e Colômbia “manifestaram sua disposição de apoiar o quanto for necessário este processo”, que tem na Noruega - também presente na reunião - o país facilitador do diálogo político venezuelano.

“Esta iniciativa tem por objetivo encorajar os atores políticos venezuelanos a chegar a um acordo sobre uma saída para a crise, com vistas a eleições presidenciais livres, democráticas e com observação eleitoral internacional em 2024 na Venezuela”, conclui o comunicado.

Rodríguez e Blyde se reuniram anteriormente na embaixada espanhola na França - primeiro separadamente e depois em conjunto - com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, que também expressou a “total disposição” do país em acompanhar a Venezuela na via do diálogo.

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