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Protesto de cidadãos russos residentes na Catalunha para exigir a libertação do preso político da oposição russa Alexei Navalny
Protesto de cidadãos russos residentes na Catalunha para exigir a libertação do preso político da oposição russa Alexei Navalny| Foto: EFE/Alejandro García

Alexei Navalny, o principal opositor do governo de Vladimir Putin, foi levado pela 25ª vez para uma cela solitária por se "apresentar incorretamente" a um guarda na colônia penal Lobo Polar, localizada próxima ao Círculo Polar do Ártico, informou sua porta-voz Kira Yarmysh, nesta segunda (22).

O ativista político, ficará recluso em confinamento solitário na prisão, considerada uma das mais duras da Rússia, por 10 dias. “Alexei Navalny está de volta à cela de punição por 10 dias por ‘apresentar-se incorretamente’. Total – 25ª cela de punição (e já a segunda desde sua transferência para uma nova colônia), 283 dias no total”, escreveu Yarmysh no X.

A colônia do Lobo Polar se encontra a quase 2 mil quilômetros de Moscou e é considerada uma das mais rígidas de todo o país. Em dezembro, Navalny ficou desaparecido por duas semanas, sem que seus apoiadores e advogados tivessem contato com ele. Cerca de 20 dias depois, o líder da oposição a Putin reapareceu na colônia penal perto da cordilheira dos Urais, no Círculo Polar Ártico.

O ativista cumpre quase 30 anos de prisão por diversos crimes que nega ter cometido contra o governo de Putin, entre eles a "criação de um grupo extremista e o financiamento de atividades extremistas". Isso porque Navalny divulgou uma suposta rede de corrupção envolvendo o Kremlin em sua organização, o Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK), criado em 2011 e proibido de atuar há dois anos.

O FBK foi criticado e combatido pelo Kremlin porque denunciou o enriquecimento ilícito de funcionários de alto escalão, incluindo o presidente russo, a quem acusou em 2021 de ter um palácio suntuoso às margens do Mar Negro.

Ele cumpria nove anos de prisão quando os tribunais russos aplicaram uma nova pena, elevando a sentença para quase 30 anos. O ativista acusa o governo russo de censura e de forjar provas para incriminá-lo.

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