
O opositor venezuelano Leopoldo López suspendeu ontem a greve de fome em protesto por sua prisão. López, que ficou 30 dias sem comer, é acusado de incitação à violência nos protestos contra o presidente Nicolás Maduro em 2014.
A decisão foi tomada um dia após o Conselho Nacional Eleitoral marcar para 6 de dezembro a eleição para a Assembleia Nacional. A definição da data era uma das exigências da oposição.
Em carta lida por sua mulher, Lilian Tintori, López pediu que seus aliados em greve de fome interrompam o protesto. Ao todo, 103 integrantes de seu partido, o Vontade Popular, aderiram ao protesto.
Na carta, López comemorou a marcação das eleições parlamentares, que vê como um símbolo do início da mudança política na Venezuela. “A unidade e as forças democráticas estão mais preparadas que nunca para esta batalha”, escreveu.
López está preso desde fevereiro de 2014 na prisão militar de Ramo Verde, na região de Caracas. Ele começou a greve de fome em 24 de maio, dois dias após outro colega de seu partido, o ex-prefeito Daniel Ceballos. Ele também protestava contra a transferência de Ceballos para uma prisão comum e pedia a libertação de seus aliados presos após serem acusados pelo governo de incitação à violência.



