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Pesquisadores trabalham em um laboratório do Instituto Wuhan de Virologia (WIV), em Wuhan, província de Hubei, China, 23 de fevereiro de 2017.
Pesquisadores trabalham em um laboratório do Instituto Wuhan de Virologia (WIV), em Wuhan, província de Hubei, China, 23 de fevereiro de 2017.| Foto: EFE/EPA/PASTOR HOU

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um novo relatório na última quinta-feira (9) em que reconsidera a possibilidade do vírus da Covid-19 ter vazado de um laboratório de Wuhan, na China. A hipótese, que já chegou a ser recusada pela Organização, agora vai receber apuração.

Segundo o documento, os cientistas disseram que "permanecerão abertos a toda e qualquer evidência científica que se torne disponível no futuro, para permitir testes abrangentes de todas as hipóteses razoáveis".

No entanto, os pesquisadores esbarram nos obstáculos impostos pelos chineses. "O governo chinês se recusa ainda a partilhar dados brutos essenciais e não permite uma auditoria completa e necessária dos laboratórios de Wuhan", disse Jamie Metzl, membro do grupo consultivo da OMS.

Antes, a tese defendida com mais veemência era a de que o vírus SARS-CoV-2 teve uma origem zoonótica, ou seja, espalhou-se entre animais em um ambiente natural. Em março de 2021, a OMS concluiu, em parceria com a China, que a doença provavelmente passou de morcegos para humanos.

“No entanto, os vírus precursores que foram identificados em morcegos definitivamente não são próximos o suficiente para serem o vírus que se espalhou entre os humanos”, disse Marietjie Venter, presidente da equipe da OMS e virologista da Universidade de Pretória, na África do Sul, em entrevista coletiva na semana passada.

Depois de críticas e debates, o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, também reconheceu que foi prematuro descartar a hipótese da origem do vírus em laboratório. No momento, as evidências não são suficientes para concluir pela origem zoonótica ou pelo vazamento laboratorial.

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