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Os Estados Unidos devem apoiar os protestos sem precedentes em Cuba

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Policiais prendem manifestantes em frente ao capitólio de Cuba durante os protestos de 11 de julho em Havana. (Foto: Ernesto Mastrascusa/Agência EFE/Gazeta do Povo)

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O povo cubano se levantou no domingo (11) e saiu às ruas para exigir liberdade e o fim de 62 anos de opressão comunista. Milhares participaram de protestos sem precedentes em pelo menos uma dúzia de cidades em toda a ilha.

O termo “histórico” é tão usado que se tornou um clichê, mas desta vez se aplica perfeitamente. Esta é a primeira vez em 62 anos de governo tirânico que isso acontece, e é hora de o sofrido povo de Cuba receber o que demandam.

O povo de Cuba, a apenas 145 kilômetros da costa americana, merece apoio irrestrito dos Estados Unidos. No mínimo, o governo Biden não deve fazer nada para jogar aos socialistas de Havana uma tábua de salvação, como Juan S. Gonzalez, assistente especial do presidente e diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisfério Ocidental, anunciou recentemente na CNN em espanhol, quando disse que as medidas para aquecer as relações entre Havana e Washington estavam para acontecer. Dificilmente, esta seria a hora de dar esses passos.

Além disso, o presidente Joe Biden deve deixar claro para Miguel Diaz-Canel, o presidente fantoche que é a fachada da família Castro desde que o ditador Raúl Castro deixou o cargo em 2018, que os EUA não aceitarão o banimento implícito de vozes pró-liberdade por meio de flotilhas de refugiados, como fizeram os Castros. Biden deve dirigir-se imediatamente aos EUA, ao povo cubano e ao mundo, e pedir a restauração da liberdade em Cuba.

Ele também deve alertar inequivocamente Diaz-Canel contra este percurso, que porá em perigo a vida de milhares de cubanos e consolidará ainda mais o poder do regime.

A situação em Cuba na noite de domingo para segunda-feira parecia terrível. Diaz-Canel foi ao rádio no domingo e apelou a “todos os comunistas” para deixarem suas casas e esmagar os protestos. Ficamos sabendo que a fita havia passado pelo menos três vezes na TV cubana ao anoitecer.

Policiais especiais foram vistos prendendo manifestantes. Na província de Camaguey, o padre pró-democracia, Pe. Castor Alvarez de Besa, foi espancado pela polícia, disseram forças dissidentes à Fundação Heritage. Seu paradeiro permanece desconhecido.

O prefeito de Miami, Francis Suarez, tuitou no domingo: “A polícia militar do regime cubano está atirando em manifestantes cubanos desarmados que lutam pela liberdade. Sessenta anos de comunismo, crueldade e opressão não podem durar mais!”.

O governo de Cuba também é uma das principais forças desestabilizadoras do Hemisfério Ocidental. Apoia as ditaduras de Nicolas Maduro na Venezuela e de Daniel Ortega na Nicarágua.

As causas imediatas da revolta são difíceis de identificar no momento. No entanto, o tratamento lamentável e incorreto do governo socialista em relação à pandemia de Covid-19 parece ser uma das principais causas. A taxa de mortes está aumentando, mesmo indo pelas próprias estatísticas de Cuba, que nunca são confiáveis. Isso desmente duas afirmações esquerdistas, que estão relacionadas.

Uma é que os governos totalitários estão mais bem preparados para lidar com pandemias do que as democracias liberais como os Estados Unidos. Outra - frequentemente repetida por políticos socialistas, como o senador Bernie Sanders - é que o governo socialista de Cuba tem um sistema de saúde espetacular.

Nenhum dos dois, obviamente, é verdade. O socialismo permanece perfeito apenas em um ponto - fracassar em todos os lugares. É por isso que o povo de Cuba está protestando.

O povo de Cuba é amigo dos Estados Unidos. Eles participaram de nossa Guerra Revolucionária, tomando parte sob a bandeira espanhola nas batalhas de Baton Rouge e Pensacola, e levantando dinheiro para o esforço de guerra contra a Grã-Bretanha. Mais de 100 anos depois, retribuímos o favor e os ajudamos a se libertar da Espanha na Guerra Hispano-Americana de 1898.

Os cubano-americanos contribuem todos os dias para o sucesso dos Estados Unidos e fazem parte da liderança governamental, como demonstram os senadores Marco Rubio e Ted Cruz.

A luta do povo cubano neste mês de julho nos lembra mais uma vez que devemos derrotar o esforço de instalar o marxismo no mundo livre, especialmente em nossas escolas e locais de trabalho. A melhor maneira de ajudarmos o povo de Cuba é permanecendo livres e dizendo ao lado deles: “Viva Cuba libre!”.

James Carafano, um dos principais especialistas em segurança nacional e desafios de política externa, é vice-presidente para estudos de política externa e de defesa da Heritage Foundation. Mike Gonzalez, um membro sênior da The Heritage Foundation, é um correspondente internacional e comentarista.

© 2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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