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A Otan alertou na segunda-feira que uma eleição presidencial precoce no Afeganistão pode ter implicações para a segurança e afirmou que estará em melhor posição para proteger o pleito se ele ocorrer em agosto.

O presidente afegão, Hamid Karzai, disse no sábado que a votação deve acontecer de acordo com a constituição, que estipula como data limite o dia 21 de abril.

Isso o coloca em rota de colisão com a comissão eleitoral do país, que determinou 20 de agosto como data para a eleição, e com Washington e seus aliados da Otan, que têm prometido um reforço militar para proteger o processo.

O porta-voz da Otan James Appathurai disse à Reuters que cabia ao Afeganistão decidir quando ocorrerá o pleito, mas acrescentou: "A data escolhida terá implicações sobre nossa habilidade de trazer suporte ao processo eleitoral no Afeganistão". "A verdade é que nós estaremos aptos a dar mais suporte e mais segurança para uma eleição em agosto do que estaríamos em uma eleição que ocorresse antes disso."

O chamado surpresa por uma eleição precoce foi visto por analistas como uma manobra para mostrar que Karzai respeita um prazo constitucional de 21 de maio para deixar o cargo - e ao mesmo tempo forçar seus oponentes, nenhum dos quais estaria pronto para concorrer em abril, a pedir que o presidente permaneça.

O presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou o envio de mais 17 mil soldados ao país para tentar proteger a eleição em agosto da poderosa e crescente insurgência do Taliban. Uma eleição em abril não daria tempo suficiente para as tropas chegarem ao país.

A Otan tem lutado para persuadir seus membros europeus a enviar tropas extras para o Afeganistão, dada a queda de apoio popular ao conflito e argumentos de que as forças armadas europeias já estão ocupadas com outros compromissos.

Mas o subcomandante da Força Internacional de Assistência em Segurança da Otan disse na semana passada estar confiante de que os Estados membros da organização enviarão milhares de soldados extras como reforços temporários na eleições de agosto.

O Afeganistão estará no topo da agenda de um encontro de ministros do Exterior dos 26 países da Otan em Bruxelas, na quinta-feira.

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