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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (10).
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (10).| Foto: EFE/EPA/TOMS KALNINS

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse nesta segunda-feira (10) que os aliados da organização estudam reduzir o processo de adesão da Ucrânia de duas para uma única etapa. A decisão será discutida durante a cúpula da OTAN, que será realizada nesta terça (11) e quarta-feira (12) na Lituânia.

Stoltenberg enfatizou em entrevista coletiva antes da cúpula de Vilnius que uma das propostas em discussão pelos aliados para aproximar a Ucrânia da organização é suprimir o plano de ação de adesão (MAP) para Kiev, o que transformaria um processo “de dois passos em um processo de um único passo"

Em encontro com o anfitrião da cúpula, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, Stoltenberg garantiu que, até o momento, continua aberto ao que os dirigentes vão decidir.

“Estão ocorrendo consultas e outras reuniões acontecerão hoje. Mas estou certo de que todos os aliados concordarão com uma mensagem muito clara também em relação à Ucrânia", declarou.

Questionado especificamente se existe uma decisão sobre o MAP, o político norueguês disse que nenhuma decisão final foi tomada sobre a cúpula, mas que tem “certeza absoluta” de que haverá unidade e uma mensagem forte sobre a Ucrânia.

A abolição do MAP significaria que o governo ucraniano não teria que se envolver em um programa plurianual para demonstrar que realizou as reformas militares, econômicas e políticas necessárias para ingressar na aliança militar.

A Ucrânia apresentou sua candidatura para ingressar na Aliança mesmo com o presidente Volodymyr Zelensky reconhecendo as dificuldades em fazê-lo enquanto o país continua em guerra com a Rússia.

Antes mesmo do início da cúpula, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou que a Ucrânia “não está pronta para ingressar na organização” por causa da guerra iniciada com a invasão russa, e que o país ainda deve atender a outros requisitos, como uma “maior democratização”.

Rússia afirma que reagirá de forma "firme" à eventual entrada da Ucrânia na OTAN

Por seu lado, a Rússia considerará a eventual entrada da Ucrânia na OTAN como um “risco” e reagirá a ela de forma "firme e suficientemente compreensível", afirmou o Kremlin nesta segunda.

"Vocês estão cientes da posição absolutamente compreensível e consistente da Rússia de que a adesão da Ucrânia à OTAN exigirá de nós uma resposta firme e suficientemente compreensível", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva.

Peskov salientou que "estão acontecendo discussões bastante intensas entre os países membros da Aliança, sobretudo tendo em vista a cúpula da OTAN, e existem diferentes pontos de vista sobre o assunto".

Sobre a entrada da Ucrânia na OTAN, Peskov acrescentou que, caso ocorra, a decisão trará “consequências extremamente graves para toda a arquitetura de segurança na Europa, que já está se deteriorando".

O representante do Kremlin afirmou ainda que o “regime de Kiev tenta pressionar todos de várias formas para conseguir que o maior número de países [da OTAN] expressem sua solidariedade” pela entrada da Ucrânia na Aliança militar Atlântica.

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