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Segundo a Otan, relação com a Rússia, de Vladimir Putin, “está no ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria”
Segundo a Otan, relação com a Rússia, de Vladimir Putin, “está no ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria”| Foto: EFE/EPA/EVGENIY PAULIN/SPUTNIK/KREMLIN

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) expulsou oito diplomatas da Rússia por supostamente serem espiões (agentes dos serviços secretos russos não declarados) e também reduziu para dez a quantidade total de diplomatas que o país pode credenciar na Aliança.

“A política da Otan em relação à Rússia continua sendo consistente. Fortalecemos a nossa dissuasão e defesa em resposta às ações agressivas da Rússia, ao mesmo tempo que nos mantemos abertos a um diálogo significativo”, sublinharam fontes ouvidas pela Agência EFE.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reconheceu na terça-feira (5) que as relações da aliança transatlântica com a Rússia estão “no seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria”, com o governo russo cada vez mais “agressivo” no exterior mais “repressivo” internamente.

Stoltenberg citou a “anexação ilegal” da Crimeia pela Rússia, em 2014, e a sua “desestabilização contínua” no leste da Ucrânia como um ponto de virada. “A perspectiva é grave”, advertiu Stoltenberg, que presidirá nesta quinta-feira (7) em Bruxelas uma reunião previamente agendada do Conselho do Atlântico Norte com os assessores de segurança nacional aliados.

Em 2018, a Otan expulsou sete diplomatas russos em resposta ao envenenamento do ex-espião Sergey Skripal em Salisbury, no sul da Inglaterra.

A Rússia repudiou as acusações divulgadas nesta quarta-feira (6), as quais considerou “infundadas”. “Não tenho dúvidas de que o chefe do Ministério das Relações Exteriores russo irá propor medidas de resposta adequadas, não necessariamente simétricas”, disse Leonid Slutski, chefe do comitê de assuntos internacionais da Duma, a câmara baixa do Parlamento.

Slutski acusou o “Ocidente coletivo” de manter um rumo de “antagonismo diplomático” com a Rússia. “Privar de credencial oito funcionários da representação russa na Otan reduzirá ainda mais o nível de cooperação”, advertiu.

Segundo Slutski, o lugar da delegação russa na Aliança Atlântica está “vago”, o que não contribuirá para o diálogo entre Moscou e Bruxelas. “Todas as acusações contra os russos sobre supostas atividades maliciosas são gratuitas e não serão confirmadas”, acrescentou o deputado.

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