
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse nesta quinta-feira (12) que a aliança militar do Ocidente está pronta para integrar a Finlândia “rapidamente” se ela se candidatar à adesão, após os chefes de Estado e governo do país nórdico declararem essa intenção no contexto da invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Saúdo a declaração conjunta do presidente (finlandês) (Sauli) Niinistö e da primeira-ministra (Sanna) Marin apoiando a candidatura de adesão à OTAN sem demora”, disse Stoltenberg em uma mensagem à imprensa, na qual enfatizou que as portas da aliança militar “estão abertas” para o país.
Stoltenberg enfatizou que a escolha de aderir à OTAN é uma “decisão soberana da Finlândia, que a OTAN respeita plenamente”.
“Se a Finlândia decidir se candidatar à adesão, será bem-vinda à OTAN, e o processo de adesão será suave e rápido”, afirmou.
O político norueguês salientou que a Finlândia é “um dos parceiros mais próximos” da aliança, assim como “uma democracia madura, membro da União Europeia e um importante contribuinte para a segurança euro-atlântica”.
“Concordo com o presidente Niinistö e a primeira-ministra Marin que a adesão à OTAN fortaleceria a segurança tanto da OTAN quanto da Finlândia”, disse o secretário-geral.
Niinistö e Marin deram apoio nesta quinta-feira à adesão da Finlândia à OTAN, em uma decisão histórica que rompe com mais de oito décadas de não-alinhamento.
Os ministros da Defesa dos países da OTAN vão se reunir neste fim de semana, em Berlim, para preparar a cúpula dos líderes da aliança, que será realizada em Madri no final de junho, e a possível adesão da Finlândia pode entrar na pauta.
A Rússia já havia ameaçado a Finlândia e outros países de desistirem de qualquer tentativa de aderir à OTAN, algo que também havia tentado dissuadir na Ucrânia com sua invasão ao país.
A aliança, por sua vez, sempre argumentou que a decisão de aderir a ela cabe exclusivamente aos 30 membros e a cada país interessado, e rejeitou qualquer interferência da Rússia.
Nesta quinta-feira, o Ministério da Defesa russo reiterou as ameaças e apontou que uma eventual entrada da Finlândia na aliança “forçaria a Rússia a tomar medidas retaliatórias, tanto técnico-militares como de outra natureza, de forma a travar as ameaças que surgiriam à sua segurança nacional”, segundo comunicado reproduzido pela agência de notícias estatal RIA Novosti.
“A adesão da Finlândia à OTAN vai criar sérios danos às relações bilaterais russo-finlandesas e à manutenção da estabilidade e da segurança da região da Europa do Norte”, destacou a pasta.
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