Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
imigração

Países asiáticos terão encontros para tratar de imigrantes à deriva no mar

Depois da forte pressão internacional, países do sudeste asiático começaram a realizar ações diplomáticas para resolver a questão dos milhares de imigrantes ilhados em barcos precários que foram bloqueados em alto mar.

O ministro de relações exteriores da Malásia, Anifah Aman, anunciou neste domingo que se reunirá com representantes da Indonésia nesta segunda (18) e da Tailândia na quarta (20), para tratar do assunto.

Os refugiados deixaram Mianmar e Bangladesh de barco, mas tiveram a entrada negada em países como Tailândia, Indonésia e Malásia.

Nos últimos dias, cerca de 3.000 imigrantes foram resgatados ou alcançaram a nado as costas dos três países. Acredita-se que mais milhares deles estejam em barcos sobrecarregados no Golfo de Bengala, com cada vez menos água potável e comida.

A maioria dos imigrantes são rohingyas, uma minoria muçulmana discriminada em Mianmar, país de maioria budista. Também há pessoas de Bangladesh, que fogem da miséria em seu país, um dos mais pobres do mundo.

Malásia e Tailândia anunciaram que barrarão todos os barcos com imigrantes que entrem em suas águas territoriais, e a Indonésia está preocupada dos efeitos de ter de receber sozinha todo o fluxo de chegada.

No sábado, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, conversou com o governo tailandês para que o país asiático desse abrigo aos imigrantes à deriva, num sinal do aumento da pressão americana pela solução do problema.

Barco Aceito

Neste domingo, a Tailândia disse que está preparada para receber um navio com pelo menos 450 imigrantes ilegais que navega à deriva em águas do país.

No sábado, o barco, no qual viajam 150 homens, 200 mulheres e cem crianças em situação precária, foi rejeitado pelas autoridades malaias e, pela segunda vez desde a quinta-feira passada, retrocedeu até as águas tailandesas.

Wirapong Nakprasit, oficial da Marinha tailandesa, disse à agência Efe que em três ocasiões desde quinta-feira passada ajudaram os ocupantes do navio com comida e água, mas os imigrantes, em sua maioria rohingyas, insistiram em que querem ir para a Malásia ou Indonésia.

“Ontem consertamos o motor porque tinha água e lhes demos comida para um dia e meio, suficiente para chegar à Indonésia”, disse o militar na ilha de Lipe, no sudoeste da Tailândia.

Neste domingo, a Marinha tailandesa acredita que a embarcação, um barco de pesca de madeira adaptado para passageiros, se encontra em águas internacionais.

Embora a Tailândia tenha reiterado que sua política é não aceitar embarcações com imigrantes, Wirapong assegurou que a Marinha tem um plano de contingência para receber os refugiados por razões humanitárias.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.