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Diplomacia

Países da AL respaldam reivindicações de Cuba em seu diálogo com os EUA

Reivindicação de Guantánamo, no entanto, não foi mencionada nas declarações finais da 3ª cúpula da Celac

A 3ª Cúpula da CELAC foi convocada sob o lema "Construindo Juntos" e seu principal objetivo era desenhar uma estratégia para erradicar a pobreza extrema da região | JUAN CARLOS ULATE / Reuters
A 3ª Cúpula da CELAC foi convocada sob o lema "Construindo Juntos" e seu principal objetivo era desenhar uma estratégia para erradicar a pobreza extrema da região (Foto: JUAN CARLOS ULATE / Reuters)

A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) elogiou nesta quinta-feira o processo de normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos, país ao qual pediu o fim do bloqueio econômico à ilha.

Estas referências a Cuba e EUA estão na Declaração de Belén e em duas declarações específicas, aprovadas no final da 3ª Cúpula da Celac, realizada ontem e hoje na Costa Rica.

Os países da Celac expressam sua "satisfação" pela "histórica decisão dos presidentes de Cuba e dos Estados Unidos de restabelecer as relações diplomáticas", assinala a Declaração de Belén, em referência ao nome da cidade costarriquenha onde foi realizada esta cúpula, 15 quilômetros ao oeste de San José.

Na mesma declaração, os presidentes latino-americanos e caribenhos consignam sua "mais profunda rejeição à aplicação de medidas coercitivas unilaterais" e reafirmam um "chamado ao governo dos Estados Unidos para que ponha um fim no bloqueio econômico contra Cuba".

Mais concretamente, instam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a que "utilize suas amplas faculdades executivas para modificar substancialmente a aplicação do bloqueio".

Também nesta declaração política de caráter geral, a Celac "rejeita a inclusão de Cuba na denominada Lista de Estados que promovem o terrorismo internacional, do Departamento de Estado dos Estados Unidos".

Por sua vez, a reivindicação de Cuba sobre o território de Guantánamo, atualmente ocupado pelos Estados Unidos na ilha, não foi mencionada nas declarações finais da 3ª cúpula da Celac.

Fontes da delegação cubana nesta cúpula se limitaram a explicar à Agência Efe que, "apesar de Guantánamo ser muito importante", "na lista de prioridades está o fim do bloqueio".

Durante seu discurso perante a cúpula da Costa Rica, o presidente de Cuba, Raúl Castro, mencionou a devolução de Guantánamo como um dos assuntos a serem resolvidos no processo aberto para a normalização de relações com os EUA.

Obama, no entanto, não planeja devolver a Cuba o território ocupado por uma base naval americana em Guantánamo, embora tenha o objetivo de fechar a prisão estabelecida ali, segundo disse hoje seu porta-voz, Josh Earnest.

A 3ª Cúpula da CELAC foi convocada sob o lema "Construindo Juntos" e seu principal objetivo era desenhar uma estratégia para erradicar a pobreza extrema da região. Na reunião estiveram presentes 21 dos presidentes ou chefes de governo dos 33 países-membros, entre eles Dilma Rousseff.

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