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Junta militar tomou o poder no Níger, liderada pelo general Abdourahamane Tchiani, no dia 26 de julho
Junta militar tomou o poder no Níger, liderada pelo general Abdourahamane Tchiani, no dia 26 de julho| Foto: EFE

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) enviou nesta quarta-feira (2) uma delegação ao Níger para negociar com a junta militar que tomou o poder no último dia 26.

O bloco concedeu sete dias para os militares que aplicaram o golpe de Estado devolverem o poder ao presidente deposto, Mohamed Bazoum.

"O presidente da Comissão da Cedeao, Omar Alieu Touray, adoraria estar aqui, mas neste momento está no Níger como parte de uma delegação de alto nível liderada pelo ex-chefe de estado da Nigéria, general Abdulsalami Abubakar, para negociar com os militares daquele país", afirmou a repórteres Abdulfatai Musa, comissário de assuntos políticos do bloco regional.

As declarações foram feitas no início da manhã desta quarta-feira na capital nigeriana, Abuja, após uma reunião dos chefes militares dos países da Cedeao para discutir a situação no Níger, que deve durar até sexta-feira (4).

O encontro acontece depois do bloco regional ter realizado uma cúpula extraordinária no último domingo (30) e dado aos líderes golpistas o prazo de uma semana, sem descartar o uso da força, se não libertarem e devolverem Bazoum ao poder.

Ainda no final de semana, a União Econômica e Monetária da África Ocidental (Uemoa) impôs sanções financeiras ao Níger e à junta militar.

O golpe no país foi liderado por uma organização, autodenominada Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), que anunciou a destituição do presidente, a suspensão das instituições, o fechamento das fronteiras (que posteriormente foram reabertas) e um toque de recolher noturno até novo aviso.

O Níger tornou-se assim o quarto país da África Ocidental liderado por uma junta militar, depois de Mali, Guiné e Burkina Faso, onde também ocorreram golpes de Estado entre 2020 e 2022.

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