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Novo Estado

Palestina fica perto de entrar na Unesco

Comitê executivo da organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura aprova pedido de ingresso dos palestinos

Os palestinos deram ontem mais um passo rumo ao ingresso na Or­­ganização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), quando seu conselho executivo respaldou o pedido de adesão plena do Estado palestino à agência da ONU. Os Estados Unidos criticaram a medida, argumentando que tal decisão é incoerente com o pedido em curso no Conselho de Segurança, que ainda está sob análise.

A chancela da Unesco, uma das mais importantes agências das Nações Unidas, com sede em Paris, pode conceder mais peso ao pedido de ingresso palestino às Nações Unidas como Estado pleno, que atualmente está sendo discutido no Conselho de Segurança da entidade.

O pedido foi aprovado por 40 dos 58 membros do conselho executivo da Unesco, repassando o tema para a próxima etapa – a votação pelos 193 países-membros do organismo, no dia 25 deste mês.

Quatro países rejeitaram a solicitação, incluindo os EUA, e 14 optaram pela abstenção, entre eles França e Espanha.

Os palestinos têm status de observadores na Unesco desde 1974. Para ganhar status de membro pleno, os chamados "Estados" que não são membros da ONU podem ser admitidos na Unesco se forem aprovados por maioria de dois terços na Conferência Geral.

Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, está na França, onde busca apoio da União Europeia.

Para Israel, decisão nega esforços de negociações

O governo israelense rejeitou o anúncio da Unesco, argumentando tratar-se de uma "rejeição ao caminho das negociações, assim como ao plano dos EUA e União Europeia para continuar o processo político [como tentativa de resolver o conflito israelo-pa­­lestino]".

"A medida nega os esforços da comunidade internacional para avançar o processo político. Uma decisão como esta não ajudará os palestinos em suas aspirações rumo à criação de seu Estado", afirmou em comunicado o go­­verno de Israel.

Diplomatas israelenses se mo­­bilizam agora para tentar convencer os Estados-membros a abandonarem o pedido e "não politizar a Unesco, deixando o assunto para Nova York", disse o embaixador de Israel na agência da ONU, Nimrod Barkan.

O embaixador dos EUA na Unesco, David Killion, pediu a todos os delegados que se juntem aos Estados Unidos em votar "não".

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