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Passageiro aguarda táxi em aeroporto de Los Angeles, nos EUA: propagação do vírus da gripe suína não perdeu força | Jewel Samad/AFP
Passageiro aguarda táxi em aeroporto de Los Angeles, nos EUA: propagação do vírus da gripe suína não perdeu força| Foto: Jewel Samad/AFP
  • Veja os casos no mundo; OMS elevou o nível de alerta de pandemia para 5

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu ontem elevar o seu alerta pandêmico para o nível 5, diante da rápida propagação mundial da gripe suína e da constatação de que há contínua transmissão do vírus entre seres humanos.

É a primeira vez que a organização aciona este nível de alerta, que indica a iminência de uma pandemia. A cúpula da OMS admite que é alta a probabilidade de que o alerta passe logo para o nível 6, o mais alto da escala, o que significa a declaração de uma pandemia (epidemia mundial).

Keiji Fukuda, diretor-geral assistente da OMS, explicou que, embora tecnicamente a fase 5 indique "pandemia iminente’’, na realidade o estado já é este. "Já estamos no começo do processo’’, disse. "É inevitável." Ele confirmou que a OMS está trabalhando com laboratórios para a produção de uma vacina, mas que no momento o importante é garantir a produção de remédios contra a gripe comum, como o Tamiflu.

A decisão de subir o nível de alerta pela segunda vez em dois dias foi tomada depois que a OMS realizou consultas durante todo o dia com cientistas de todo o mundo e reuniu seu Comitê de Emergência. A conclusão foi de que a propagação do vírus não perdeu sua força.

A OMS já havia confirmado ontem a primeira morte causada pela gripe suína fora do México, o foco principal do surto. A vítima foi um menino mexicano, internado no Texas.

"Todos os países devem imediatamente ativar seus planos contra pandemias’’, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. "A humanidade inteira fica sob ameaça durante uma pandemia’’, completou.

Mas Chan disse também que o mundo está mais preparado do que em qualquer ponto da história para enfrentar uma epidemia global.

Segundo ela, as lições aprendidas nos surtos de SARS e gripe aviária, em 2003 e 2004, forçaram os países a se preparar para o pior.

"Pela primeira vez na história podemos traçar a evolução de uma epidema enquanto ela se desenvolve’’, disse. Chan repetiu que não há mais possibilidade de contenção do vírus, e que o foco agora deve ser a "mitigação’’ de seus efeitos.

O que mais preocupa é o contágio de pacientes que não estiveram no México. Isso ocorreu entre alunos em uma escola de Nova Iorque, que tiveram contato com pessoas vindas do México, ou seja, uma transmissão secundária. Ontem, a Espanha registrou caso parecido.

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