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Banco do Vaticano

Papa afasta brasileiro e mais três cardeais de comissão

Dom Odilo Scherer fazia parte do grupo responsável por fiscalizar as movimentações financeiras do Vaticano. Apenas um cardeal foi mantido

Dom Odilo Scherer está entre os cardeais afastados da comissão responsável por supervisionar o banco do Vaticano | Tony Gentile/Reuters
Dom Odilo Scherer está entre os cardeais afastados da comissão responsável por supervisionar o banco do Vaticano (Foto: Tony Gentile/Reuters)

Em um passo importante de suas mudanças no Vati­cano, o papa Francisco trocou ontem quatro dos cinco cardeais da comissão que supervisiona o banco do Vaticano. Entre os substituídos está o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer.

O cardeal brasileiro e os demais quatro integrantes da comissão haviam sido nomeados por Bento 16 em fevereiro do ano passado – cinco dias após ter anunciado a sua renúncia. O mandato era de cinco anos.

Nos corredores do Vati­cano, a saída dos quatro foi vista como um reforço no desejo de Francisco de demarcar o início de uma nova administração no banco, cujo nome oficial é Instituto para as Obras de Religião (IOR).

Dom Odilo, nesse sentido, era visto como representante da gestão anterior. No conclave que escolheu Francisco, em março, o brasileiro fez veemente discurso em defesa da gestão recente do IOR. Na época, vaticanistas avaliaram que essa posição acabou com as suas chances de ser eleito papa, por ser demasiado próximo à criticada Cúria de Bento 16.

Por outro lado, também ontem, o papa ratificou dom Odilo como um dos sete membros da Pontifícia Comissão para a América Latina, num sinal de que inexiste punição específica ao brasileiro. Procurado pela reportagem, dom Odilo não foi localizado. Sua assessoria informou que ele estava em viagem.

Substitutos

Dos antigos membros nomeados por Bento 16, ficou apenas o cardeal francês Jean-Louis Tauran. Já os novos nomeados incluem o espanhol Santos Abril Castello, amigo de Francisco. Os outros integrantes nomeados ontem são o italiano Pietro Parolin – secretário de Estado do Vaticano, "número dois" na hierarquia da Santa Sé –, o austríaco Christoph Schönborn e o canadense Thomas Collins.

Além de Scherer, foram retirados o indiano Telesphore Toppo e os italianos Domenico Calcagno e Tarcisio Bertone, ex-secretário de Estado do Vaticano, que foi muito criticado por sua gestão da Cúria Romana. O banco tem sido uma das prioridades de Francisco.

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