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Joseph Strickland
Joseph Strickland, agora ex-bispo da diocese de Tyler, no Texas, fotografado em 2013.| Foto: Peytonlow/Wikimedia Commons

O Papa Francisco removeu o bispo Joseph E. Strickland da administração da diocese de Tyler, no Texas, Estados Unidos, informou neste sábado (11) uma nota da Santa Sé e da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos. Conservador, Strickland tem criticado abertamente o Papa nas redes sociais por posturas "progressistas" e por dar mais responsabilidades dentro da Igreja a leigos. A diocese agora fica como sede vacante, tendo como administrador interino o bispo Joe Vásquez, de Austin, no mesmo estado.

A decisão veio após uma "visitação apostólica", uma espécie de inquérito disciplinar, feita sob ordens de Papa em junho passado. Ela foi conduzida por Dennis Sullivan, bispo de Camden (Nova Jersey), e Gerald Kicanas, bispo emérito de Tucson (Arizona). O inquérito, entre outros temas, tratou de finanças, mas um motivo específico para a dispensa de Strickland não foi dado.

Normalmente, quando bispos têm problemas, eles próprios abdicam voluntariamente de suas dioceses. É muito raro que o pontífice ativamente os demita, como é o caso de Strickland — é um sinal de que ele se recusou a fazer a renúncia voluntária, como ele próprio indicou que faria nesta situação este ano. Aos 65 anos, o americano estava a uma década de se aposentar.

Strickland estava no cargo desde 2012, escolhido pelo então Papa Bento XVI. Ele é um forte apoiador de Donald Trump e figura influente entre conservadores americanos.

Em agosto, o Papa Francisco reclamou do que chamou de elementos "reacionários" na Igreja Católica dos EUA, e disse que em alguns casos a ideologia política havia substituído a fé. No ano passado, Frank Pavone, um padre que faz campanha contra o aborto, perdeu a batina por "blasfemar" nas redes sociais e desobedecer a bispos. Strickland foi um dos poucos dentro da Igreja a defendê-lo em público.

"A blasfêmia é que este santo padre seja cancelado enquanto um presidente maligno promove a negação da verdade e o assassinato do nascituro em toda oportunidade", escreveu Strickland ao defender o padre, no X. "Autoridades do Vaticano promovem a imoralidade e a negação do depósito da fé e padres promovem a confusão de gênero devastando vidas... é o mal".

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