O papa Bento 16 fez uma visita oficial à Itália neste sábado e garantiu aos líderes italianos que a Igreja não tem nenhuma intenção de impor sua vontade em assuntos políticos, mas defendeu o direito da instituição de se expressar em questões sociais.
"Não há razão para temer que a Igreja e seus membros queiram se impor e limitar a liberdade", disse o pontífice, de 81 anos, em pronunciamento no Palácio Quirinale, ocupado pelo presidente da Itália, Giorgio Napolitano.
"(Os membros da Igreja) também esperam ter a liberdade de não trair sua consciência iluminada pelo Evangelho", disse ele, acrescentando que os católicos devem ter permissão para "fazer sua parte na construção da ordem social".
O Vaticano manteve algumas vezes um relacionamento tenso com governos italianos de tendência esquerdista nos últimos anos em questões éticas como uniões homossexuais, pesquisas sobre células-tronco e o papel das escolas católicas no país. Mas tem um contato mais direto com a atual administração de centro-direita, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, embora o Vaticano expresse preocupação sobre alguns dos aspectos da repressão do governo à imigração.
O papa acenou para a multidão durante o trajeto em carro aberto entre o Vaticano e o Palácio Quirinale, onde foi recebido por Napolitano e se encontrou com Berlusconi e seus principais ministros.
Napolitano disse que o relacionamento entre a Igreja e o Estado na Itália é de "mútuo respeito e colaboração", no momento em que o país se prepara para celebrar os 150 anos da unificação italiana.
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