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Roma

Papa doou “últimos bens” para ajudar prisioneiros antes de morrer

Papa Francisco durante audiência geral na Plaza de San Pedro na Cidade do Vaticano, em 2013: morte do pontífice gerou comoção mundial (Foto: EFE/Ettore Ferrari)

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Antes de sua morte, na última segunda-feira (21), o papa Francisco fez uma doação pessoal de 200 mil euros a prisioneiros, "seus últimos bens", afirmou nesta quarta-feira (23) o bispo Benoni Ambarus, diretor do escritório para a pastoral carcerária e encarregado de assuntos de caridade em Roma.

“Ele doou 200 mil euros de sua conta pessoal”, disse Ambarus à imprensa italiana.

Segundo os detalhes, a doação foi destinada a uma fábrica de massas no centro de detenção juvenil Casal del Marmo, em Roma.

“Eu disse a ele que temos uma grande hipoteca sobre esta fábrica de macarrão e que, se pudéssemos cobri-la, reduziríamos os preços do macarrão, venderíamos mais e pensaríamos em contratar mais trabalhadores”, acrescentou o bispo.

“E eu respondi: ‘Estou quase sem dinheiro, mas ainda tenho algum na minha conta’. E me deu 200 mil euros”, disse Ambarus, que destacou a defesa dos prisioneiros feita por Francisco durante seu papado.

Ambarus fez a recente visita do papa à prisão romana de Regina Coeli na última quinta-feira, por ocasião da Quinta-feira Santa e apenas quatro dias antes de sua morte, onde ele "gritou ao mundo, com todas as suas forças, a necessidade de prestar atenção aos prisioneiros".

Durante seus quase 12 anos de pontificado, Francisco visitou regularmente os centros penitenciários e instou a defesa da dignidade dos presos.

Em dezembro do ano passado, para marcar o início das celebrações do Jubileu ou Ano Santo, Francisco abriu uma das portas sagradas para este evento, que o Vaticano celebra a cada 25 anos na prisão de Rebibbia, em Roma. Isso foi interpretado como uma declaração de interesse e um sinal de reconhecimento da população carcerária.

Túmulo do papa Francisco fica no chão e terá reprodução de crucifixo peitoral

Mais de 60 mil pessoas já passaram pelo caixão do papa Francisco na Basílica de São Pedro, no Vaticano, até a manhã desta quinta-feira (24), o segundo dos três dias de cerimônia antes de seu funeral no próximo sábado.

Na sexta-feira (25), a basílica fechará para os fiéis às 19h (14h de Brasília) para a cerimônia de fechamento do caixão antes do funeral de sábado (26).

O túmulo do papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, será simples, no chão, e contará com uma reprodução de seu crucifixo peitoral, revelado a Santa Sé nesta quinta-feira ao divulgar a primeira foto do túmulo.

O túmulo fica no corredor esquerdo da basílica que ele escolheu em vida, em vez da cripta do Vaticano, e tem uma lápide no chão com a inscrição "FRANCISCUS", seu nome pontifício em latim, como havia estipulado no testamento.

Na parede, há uma representação da cruz peitoral do papa, em prata, com a imagem do Bom Pastor.

O túmulo ficou entre a Capela Paulina, onde está a Virgem Salus Populi Romani, da qual Francisco era muito devoto, e a Capela Sforza, e ao lado do altar de São Francisco, o santo dos pobres de quem Jorge Mario Bergoglio tirou seu nome pontifício. O papa Francisco, que morreu na segunda-feira, aos 88 anos, será enterrado neste local no sábado, após o funeral.

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