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O papa Francisco na Missa desta segunda-feira, na Basílica de São Pedro, em Roma.
O papa Francisco na Missa desta segunda-feira, na Basílica de São Pedro, em Roma.| Foto: EFE/EPA/ANSA/ Giuseppe Lami

O papa Francisco manifestou, nesta segunda-feira (1°), sua preocupação com a prisão de padres católicos pelo ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, e pediu que “se busque sempre o caminho do diálogo” para superar os problemas.

“Acompanho com preocupação tudo o que está acontecendo na Nicarágua, onde bispos e sacerdotes foram privados de sua liberdade. Transmito a eles, suas famílias e a toda a Igreja do país a minha proximidade na oração”, disse o papa da janela do Palácio Apostólico após rezar o primeiro Angelus do ano.

Francisco, o primeiro pontífice latino-americano da história, fez um apelo por oração insistente aos fiéis que o ouviam na Praça de São Pedro, no Vaticano, e a todo o povo de Deus pelos problemas no país. “Rezamos hoje pela Nicarágua”, concluiu.

A ditadura de Daniel Ortega e a Igreja Católica vivem momentos de grande tensão, marcados pela expulsão e prisão de padres, pela proibição de atividades religiosas e pela suspensão das suas relações diplomáticas.

Desde o último dia 20 de dezembro, a polícia da Nicarágua prendeu um bispo, 13 padres e dois seminaristas, segundo defensores dos direitos humanos e líderes da oposição no exílio.

Nem o governo nem a polícia nicaraguense confirmam ou negam a suposta detenção desses 16 religiosos, que se juntam a Dom Rolando Álvarez, que no dia 10 de fevereiro foi condenado a 26 anos e quatro meses de prisão, perdeu sua nacionalidade e seus direitos de cidadão pelo alegado crime de traição.

Em agosto passado, Ortega ordenou a dissolução no país da Companhia de Jesus, ordem à qual pertence o próprio papa Francisco, além de expropriar todos os seus bens.

Meses antes, o pontífice havia criticado o regime de Ortega, chamando-o de “ditadura grosseira”, após a condenação de monsenhor Álvarez.

Em 18 de outubro, o governo da Nicarágua libertou 12 sacerdotes e os enviou ao Vaticano após um acordo com a Santa Sé, embora não estivesse entre eles monsenhor Álvarez, que se recusa a deixar o país.

A Nicarágua atravessa uma crise desde abril de 2018 que se agravou após as eleições de novembro de 2021, nas quais Ortega foi reeleito para um quinto mandato, o quarto consecutivo e o segundo com sua esposa, Rosario Murillo, como vice-presidente, com seus principais candidatos na prisão ou no exílio.

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