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Morte do papa

Com a saúde fragilizada, papa Francisco pode ter sofrido derrame antes de morrer

Papa Francisco
Papa Francisco em sua última aparição pública, no domingo de Páscoa (20). (Foto: EFE/ Angelo Carconi)

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A Santa Sé ainda não confirmou a causa da morte do papa Francisco, aos 88 anos nesta segunda-feira (21), mas o jornal italiano Corriere de La Sierra diz que fontes no Vaticano teriam indicado que o pontífice teria sofrido um derrame, “ocorrido no contexto de um grave problema cardiocirculatório”.

O papa Francisco vinha enfrentando dificuldades graves na recuperação de uma pneumonia bilateral. Apesar de muitos terem sido pegos de surpresa, depois de Francisco ter feito uma aparição pública e abençoar fiéis na Praça São Pedro no domingo de Páscoa (20), seu quadro era considerado crítico pelos médicos que o acompanhavam.

O pontífice, primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, vinha enfrentando sérias complicações de saúde ao longo dos últimos anos, mas a piora do quadro em seu sistema respiratório se deu no início deste ano.

O agravamento começou com uma série de internações, motivadas por infecções pulmonares persistentes. Em fevereiro o papa Francisco foi hospitalizado no Hospital Gemelli, em Roma, com um quadro de infecção polimicrobiana – condição caracterizada pela presença de diferentes agentes infecciosos nos pulmões e vias aéreas.

Em 18 de fevereiro, os médicos diagnosticaram pneumonia em ambos os pulmões, o que afetou severamente sua capacidade de respirar. A doença se agravou, exigindo o uso de ventilação mecânica. Em 22 de fevereiro, o Vaticano confirmou publicamente que o estado de saúde de Francisco era considerado crítico.

Além das complicações respiratórias, o papa enfrentou episódios de asma e plaquetopenia – uma queda no número de plaquetas no sangue, acompanhada de anemia. Para controlar esses efeitos, foram realizadas transfusões sanguíneas. Em 23 de fevereiro, surgiu também um quadro de insuficiência renal leve, aumentando a preocupação da equipe médica.

Em 28 de fevereiro Francisco sofreu um broncoespasmo, quadro que causou intensa falta de ar. Durante o episódio, ele aspirou parte do próprio conteúdo gástrico, exigindo a realização de uma broncoaspiração para limpeza das vias respiratórias.

Apesar de uma leve melhora e alta hospitalar em março, seu estado permaneceu frágil com uma dura recomendação de dois meses de repouso para recuperação. Ainda assim, fez questão de aparecer publicamente no Domingo de Páscoa, o que pareceu ser seu último adeus aos fies em um dos dias mais importantes à Igreja Católica, que remete à ressurreição de Jesus Cristo. Mesmo debilitado, não utilizava suporte respiratório visível. Ele também recebeu brevemente o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance.

Papa Francisco enfrentava desde a juventude limitações pulmonares. Aos 21 anos, passou por uma cirurgia para remoção parcial de um dos pulmões devido a uma pleurisia, inflamação da membrana que envolve os pulmões. Essa condição pré-existente teria contribuído para o agravamento das infecções nos últimos meses de vida.

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