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Papa Francisco durante o encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron, no Palais du Pharo em Marselha, na França.
Papa Francisco durante o encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron, no Palais du Pharo em Marselha, na França.| Foto: EFE/EPA/Sebastien Nogier/POOL

O papa Francisco se reuniu neste sábado (23) com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Marselha, durante sua visita aos Encontros do Mediterrâneo. Na reunião, que durou cerca de 32 minutos a portas fechadas e contou com a presença da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, o pontífice enviou uma mensagem crítica à gestão europeia da crise migratória.

Francisco fez um apelo à Europa por um acolhimento justo dos imigrantes e pela ampliação das entradas legais. Ele ressaltou que "a rejeição não é a solução" para a questão migratória e destacou que o Mar Mediterrâneo, que outrora foi o berço da civilização, agora se tornou o “túmulo da dignidade" devido ao "sofrimento dos irmãos e irmãs imigrantes”.

Francisco enfatizou que as dificuldades em acolher, proteger, promover e integrar os imigrantes são evidentes, mas o critério principal deve ser a salvaguarda da "dignidade humana, não apenas a preservação do bem-estar". Ele argumentou que a solução para o "flagelo da exploração humana não é a rejeição, mas a garantia de um amplo número de entradas legais e regulares, sustentáveis, por meio de um acolhimento justo por parte da Europa" e da "cooperação com os países de origem".

O papa também rejeitou o uso do termo "invasão", afirmando que aqueles que arriscam suas vidas no mar em busca de refúgio não estão invadindo, mas sim buscando abrigo. Quanto à noção de "emergência", ele enfatizou que o fenômeno migratório não é apenas uma urgência momentânea, mas uma realidade contínua da atualidade.

Com mais de 2 mil mortes registradas neste ano, a tragédia migratória no Mar Mediterrâneo se intensificou, e a ilha italiana de Lampedusa registrou um grande fluxo de chegadas nos últimos dias. Na terça-feira (19), o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, declarou que seu país não irá acolher esses imigrantes. (Com Agência EFE)

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