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Religião

Papa lança livro com críticas ao capitalismo

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Vídeo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Cidade do Vaticano – O Papa Bento XVI criticou a "crueldade" do capitalismo, do colonialismo e do poder do ricos sobre os pobres, em uma reflexão pessoal sobre os ensinamentos de Jesus Cristo no seu primeiro livro como Papa, Jesus de Nazaré, que foi publicado ontem.

Bento XVI inicia ao dizer que o livro, que ele começou a escrever em 2003, quando era ainda o cardeal Joseph Ratzinger, é uma expressão da sua "busca pessoal pela face do Senhor" e, acima de tudo, parte da doutrina da Igreja Católica Romana. "Cada um é livre, no entanto, para me contestar," ele afirmou.

Mas Bento XVI – um engenhoso e conhecido teólogo bem antes de se tornar papa – se obstina em fazer um radical exame dos feitos públicos de Jesus narrados nos Evangelhos, para chegar ao fundamento da fé cristã: que Jesus é Deus.

Bento XVI diz que a questão fundamental que ele aborda no livro é o que Jesus fez. "O que na verdade Jesus trouxe, se ele não trouxe paz ao mundo, bem-estar para todos e um mundo melhor? O que ele trouxe? A resposta é muito simples: Deus. Ele trouxe Deus."

O livro de 448 páginas, publicado em versões no alemão, italiano e polonês, será vendido nas livrarias européias a partir da segunda-feira, quando Bento XVI completará 80 anos. A edição em inglês deverá ser publicada em 15 de maio e traduções estão planejadas para outros 16 idiomas, incluindo português.

Jesus de Nazaré cobre vários pontos importantes da vida pública e ministério de Jesus, incluído um capítulo inteiro do Sermão da Montanha, no qual Cristo prega aos pobres, mansos e famintos.

Apesar das críticas sociais, seria errado concluir que Bento XVI estaria defendendo uma visão de Cristo como um "reformador social", como é freqüentemente descrito pela teologia da libertação, afirmou o cardeal Christoph Schoenborn, arcebispo de Viena e amigo do Papa.

"As inumeráveis imagens extravagantes de Jesus como um revolucionário, como um moderado reformador social, como o amante secreto de Maria Madalena, etc, podem ser calmamente depositadas no cemitério da história", disse recentemente Bento XVI, quando apresentou seu livro ao Vaticano.

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