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O papa Bento 16 escreveu uma mensagem de solidariedade para o ex-arcebispo de Varsóvia Stanislaw Wielgus, que deixou o posto no mês passado devido a acusações de que tenha servido de espião para a polícia secreta comunista.

O pontífice disse na carta que compreendia que Wielgus tinha servido em tempos muito difíceis politicamente.

A renúncia de Wielgus foi encarada como prejudicial a Bento 16, que o havia nomeado em dezembro.

``Participei neste último período de seu sofrimento e gostaria de lhe assegurar minha proximidade espiritual e minha compreensão fraterna'', disse o papa na carta, que foi tornada pública pelo Vaticano na quarta-feira.

``No que diz respeito ao passado, sou plenamente consciente das circunstâncias excepcionais na qual você executou seu serviço, quando o regime comunista da Polônia usava todos os meios para sufocar a liberdade dos cidadãos e especialmente do clero.''

Ele disse esperar que Wielgus continue a servir a Igreja, mas não lhe ofereceu um novo posto. O religioso havia escrito para o papa um dia depois de renunciar, no dia 7 de janeiro.

Num discurso no dia da renúncia, Wielgus pediu desculpas por seus atos. Mas na semana passada pediu a um tribunal especial que o libere das acusações, e seu advogado disse à agência de notícias PAP que Wielgus nunca ``colaborou de verdade'' com a polícia secreta.

Autoridades do Vaticano já disseram que o papa não sabia das acusações de espionagem contra Wielgus quando o nomeou para o arcebispado. O ex-arcebispo negou ter iludido o papa sobre seu passado.

Líderes da Igreja disseram no ano passado que vão vasculhar os arquivos da era comunista e pedir ao Vaticano para decidir o destino dos padres poloneses que colaboraram com o regime. Historiadores dizem que até 10 por cento do clero pode ter colaborado.

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