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Manifestantes durante um protesto para exigir maior controle nas fronteiras, em San Diegp, Califórnia
Manifestantes durante um protesto para exigir maior controle nas fronteiras, em San Diegp, Califórnia| Foto: EFE/Manuel Ocaño

Um cidadão paquistanês, cujo nome integra a lista de vigilância ao terrorismo dos EUA, foi detido por autoridades federais de imigração após cruzar ilegalmente a fronteira sul do país, de acordo com um memorando do Departamento de Imigração e Alfândega, divulgado anonimamente por duas fontes do órgão à fundação Daily Caller News.

Detalhes do documento revelam que o estrangeiro acessou de forma irregular os EUA, em novembro do ano passado, sendo preso pela Patrulha da Fronteira no dia seguinte em Tecate, na Califórnia. Enquanto ele estava sob custódia, o Centro de Triagem de Terrorismo confirmou que os dados do suspeito apontavam positivamente para requisitos da lista de observação ao terrorismo.

Apesar disso, o memorando confirma que o imigrante ilegal foi liberado no final de janeiro da custódia que cumpria na agência federal de migração (ICE, da sigla em inglês), em San Diego, depois que o órgão lhe entregou uma ordem de liberação sob reconhecimento com tecnologia de rastreamento, por meio de um programa chamado Alternativas à Detenção.

O ICE informou o escritório da agência em Los Angeles sobre a presença de um suspeito de terrorismo no país, juntamente com um pedido de detenção obrigatória. Segundo os documentos divulgados, quando o estrangeiro compareceu ao órgão novamente, as autoridades o prenderam.

“Imagine quantos casos como este passam sem que saibamos”, disse um funcionário do Departamento de Segurança Interna à Daily Caller News Foundation, sob condição de anonimato.

Quando indivíduos são colocados em procedimentos de remoção acelerada, de acordo com os Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA, os agentes de asilo conduzem entrevistas para determinar quais deles correm riscos reais se retornarem ao país natal. “Um receio fundado de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, grupo social específico ou opinião política”, são algumas das regras de análise.

Se um oficial de asilo negar que se trata de uma alegação credível de medo, o indivíduo pode pedir que o seu caso seja ouvido por um juiz de imigração. O memorando não revelou a organização terrorista com a qual o indivíduo tem suposta ligação.

“Um dos maiores problemas para impedir a entrada de terroristas nos Estados Unidos, na minha opinião, é o atraso nas verificações de registros realizadas pelas enormes quantidades de pessoas que inundam a fronteira”, disse uma fonte do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS). “Quando uma agência leva mais de três meses para determinar se alguém é/era um suspeito de terrorismo conhecido, isso é um enorme problema”.

A crise migratória, provocada pela gestão de Joe Biden, tem sido fortemente criticada pelo país, com destaque para o Texas, onde até instâncias diferentes do governo se enfrentam judicialmente sobre o assunto.

Atualmente, os Estados Unidos vivem um colapso do sistema migratório, com milhares de pessoas pedindo asilo no país e outras acessando ilegalmente as fronteiras. Alguns estados geridos por democratas, como Nova York e Califórnia, que até pouco tempo incentivavam a chegada de estrangeiros, agora estão aplicando medidas para frear o número de imigrantes.

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