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O embaixador do Brasil em Quito, Antonino Marques Porto e Santos, afirmou em depoimento na comissão de Relações Exteriores do Senado nesta terça-feira (25) que não existe um "sentimento antibrasileiro" no Equador. Apesar da disputa entre os dois países sobre o empréstimo do BNDES, o embaixador não vê um "clima de briga" nas relações diplomáticas.

"Não há sentimento antibrasileiro. Não há, pelo que eu possa ter identificado, preconceito contra o Brasil. Esse tipo de problema, no Equador, não existe. Temos uma relação próxima, apesar de não termos fronteiras", afirmou o embaixador.

Antonino comparece à comissão para dar informações sobre a disputa entre os dois países. O anúncio de que o Equador poderia suspender o pagamento do empréstimo do BNDES e recorrer a uma corte internacional foi feito pelo presidente Rafael Correa na semana passada.

O Equador reclama que a obra a que se refere o empréstimo, a usina hidrelétrica San Francisco, apresentou defeitos. Pelo mesmo motivo, o país expulsou a empresa brasileira Odebrecht.

De acordo com o embaixador brasileiro, o montante total do empréstimo era de US$ 243 milhões, mas com os juros e encargos já chega a US$ 331 milhões. Antonino afirma que a Odebrecht já conclui os reparos na usina e que desde meados de outubro a hidrelétrica opera com sua capacidade normal. "Pelo que eu saiba, o conserto foi sem custo", disse.

Ele nega que a disputa tenha acirrado os ânimos entre os países. "Não há nos jornais ninguém assumindo bandeira, porque não há clima de guerra." O embaixador considerou adequada a atitude do governo brasileiro de chamá-lo para consultas e afirmou que a intenção era mostrar ao Executivo equatoriano a "perplexidade" com o tema.

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