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Anticapitalista

Para Morales, comer frango deixa careca e tira a virilidade

Evo Morales: críticas à Coca-Cola, apesar de a Bolívia produzir coca | Miguel Guiterrez/AFP
Evo Morales: críticas à Coca-Cola, apesar de a Bolívia produzir coca (Foto: Miguel Guiterrez/AFP)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse ontem que os ho­­mens deveriam ficar longe dos frangos se quiserem manter seus cabelos e sua virilidade. Morales afirmou, durante uma conferência de meio ambiente, que os produtores de frango injetam hormônios femininos nas aves "e, por causa disso, os homens que os consomem têm problemas em ser homens".

Ele também sugeriu que co­­mer frango por um longo período de tempo pode fazer com que os homens fiquem carecas.

A advertência de Morales po­­de estar vencida: os produtores de frango na Europa, Estados Unidos e em muitos outros países dizem que abandonaram o uso de hormônios em aves há várias décadas e a maioria dos países ocidentais proíbe completamente o uso.

Em janeiro, a presidente ar­­gen­­tina Cristina Kirchner havia dito que "comer carne de porco melhora a atividade sexual" e que é mais "gratificante comer porco assado do que to­­mar Via­­gra". O presidente boliviano tam­­bém atacou a Coca-Cola, di­­zendo que "é prejudicial... Ima­­gine o que contém".

Morales acusou "o Ocidente", uma referência aos países industrializados como os Estados Uni­­dos, que segundo ele "nos traz mais e mais veneno".

Há fortes rumores de que o ingrediente secreto da Coca-Cola contenha algo que o próprio Mo­­rales produziu como líder de um sindicato de cocaleiros. O ingrediente seria uma versão da planta de coca cujas substâncias psicoativas foram removidas.

Contra Copenhague

Evo Morales fez suas declarações na abertura de conferência mundial do clima, com 20 mil ativistas, para discutir propostas contra o aquecimento global e divulgar uma mensagem clara: "Ou morre o capitalismo, ou a Terra". "O capitalismo é sinônimo de inanição, o capitalismo é sinônimo de desigualdade, é sinônimo de destruição da mãe Terra", afirmou o presidente, na inauguração do evento no povoado de Ti­­quipaya, vizinho a Co­­cha­­bam­­ba, região central da Bo­­lívia.

Em um campo de futebol diante de milhares de pessoas, o presidente disse que só os movimentos sociais do mundo, unidos a povos indígenas e intelectuais, "podem derrotar esse poder político e econômico (capitalismo), em defesa da mãe Terra".

Durante três dias, Tiquipaya se tornará o centro de uma conferência mundial de aborígenes e movimentos sociais de 129 países, celebrada para debater uma proposta para enfrentar as mudanças climáticas, que será apresentada na próxima Conferência Climá­­tica da ONU, agendada para o fim deste ano, no México. Morales assumiu, em dezembro passado, o compromisso de organizar uma reunião mundial da sociedade civil, após criticar, junto a colegas de Venezuela, Ni­­carágua e Cuba, as conclusões da Conferência do Clima de Cope­­nhague.

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