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guerra na ucrânia
Soldado ucraniano da linha de frente na cidade de Severodonetsk, Ucrânia, em 2 de junho de 2022.| Foto: EFE/EPA/STR

"A guerra pode durar anos", disse neste domingo (19) o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, ao periódico alemão Bild am Sonntag. "Não devemos desistir de apoiar a Ucrânia. Mesmo que os custos sejam altos, não apenas pelo apoio militar, mas também pelo aumento dos preços da energia e dos alimentos", completou o chefe da aliança militar.

Stoltenberg reforçou que nenhum custo financeiro se compara ao sofrimento da linha de frente da Ucrânia e que, caso a Rússia conquiste seus objetivos como aconteceu na anexação da Crimeia em 2014, "o preço será ainda maior" para o Ocidente.

O Ministério de Defesa do Reino Unido informou também neste domingo, na avaliação diária do conflito, que, depois de quase quatro meses de embate, as tropas dos dois lados fazem deserções e rebeliões contra ordens de oficiais.

Conforme o comunicado, as deserções acontecem principalmente nas tropas ucranianas, mas as russas também demonstram perturbação. “Há casos de unidades russas inteiras recusando ordens e existem confrontos armados entre oficiais e suas tropas”, apontaram as autoridades britânicas.

Relatório do Instituto para o Estudo da Guerra, divulgado pelo serviço de inteligência militar ucraniano, revelou o conteúdo de ligações telefônicas interceptadas. Segundo o órgão ucraniano, soldados russos reclamam das condições da linha de frente, equipamentos ruins e falta de pessoal.

Zelensky pede maior apoio a aliados europeus

Em viagem a Kiev na última sexta-feira (17), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que, neste momento de fadiga das tropas ucranianas, é quando o país mais precisa de apoio militar. Também disse que um cessar-fogo seria interessante apenas para a Rússia. "Seria uma catástrofe se Putin ganhasse", opinou o premiê britânico.

Na última semana, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também recebeu a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, do chanceler alemão, Olaf Scholz, do presidente da Romênia, Klaus Iohannis, e do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi. Desde o início da guerra, Zelensky pede um maior apoio desses países.

Conflito é intensificado no leste da Ucrânia

O conflito segue pesado em Severodonetsk, cidade-chave do leste da Ucrânia, e em Luhansk, no disputado Donbas. "O inimigo faz reconhecimento aéreo 24 horas por dia com drones, bombardeando e se adaptando rapidamente às nossas mudanças”, disse o governador de Luhansk, Serhiy Haidai, via Telegram.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que forças russas e separatistas assumiram o controle de Metolkine, um assentamento a leste de Severodonetsk, neste domingo.

No sábado (18), a agência de notícias russa Sputnik afirmou que, desde o início do conflito, foram evacuadas de "áreas perigosas" para o território russo 1,936 milhões de pessoas da Ucrânia, sendo 307 mil delas menores de idade.

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