Na VI reunião ordinária do Conselho de Chefes de Estado e de Governo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que será realizada na próxima sexta-feira (30), em Lima, no Peru, os países membros deverão anunciar o retorno do Paraguai ao bloco. Aquele país havia sido suspenso desde que o então presidente, Fernando Lugo, foi destituído do poder. O retorno se dará logo após as eleições presidenciais no país, em abril de 2013.
Segundo integrantes do governo brasileiro, em junho deste ano, quando a Unasul decidiu suspender o Paraguai do bloco até o restabelecimento da ordem democrática, ficou em aberto qual seria o marco determinante para seu retorno: o início do processo eleitoral, a partir de janeiro; as eleições presidenciais, em abril; ou a posse do novo presidente eleito, em agosto.
A posição do Brasil, compartilhada pelos colegas do bloco, é que, com a realização das eleições, fica restabelecida a ordem democrática. Para isso, uma comissão de observadores da Unsaul irá acompanhar o pleito no Paraguai. A diplomacia do grupo teve de reforçar o trabalho para convencer os presidente do Equador, Rafael Correa, e da Bolívia, Evo Morales, que mantinham posições mais radicais em relação ao Paraguai, tendo defendido, inclusive, sanções comerciais ao país.
Após o acordo para o reingresso do Paraguai, que deve constar na declaração e nos documentos finais aprovados pelo conselho, a única incerteza em relação ao encontro da próxima sexta-feira é sobre a presença do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Apesar de tradicionalmente não confirmar sua participação com antecedência em eventos internacionais, há dúvidas sobre sua ida à reunião da Unasul devido ao seu estado de saúde.
