O chefe da diplomacia francesa pediu nesta quinta-feira que o próximo relatório dos observadores da Liga Árabe mobilizados na Síria seja transmitido ao Conselho de Segurança da ONU, enquanto seu colega australiano exigiu que Bashar al-Assad seja levado à justiça internacional.
"Constatamos hoje que esta intervenção (dos observadores) é difícil, que ela ocorre em condições que não são satisfatórias", declarou Alain Juppé durante uma entrevista coletiva à imprensa em Paris ao lado do ministro australiano das Relações Exteriores, Kevin Rudd.
"A Síria não respeita os compromissos assumidos com a Liga Árabe, (como) retirar as tropas das casernas", acrescentou Juppé.
Em consequência disso, a França deseja que esse relatório ao qual a Liga Árabe deve ter acesso em breve seja, "em seguida, entregue ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que possa ser analisado", indicou o ministro francês.
"A posição da Austrália é a de que Assad deve sair", declarou o chefe da diplomacia australiana. "Seu caso merece ser levado ao Tribunal Penal Internacional, dadas as atrocidades" na Síria, considerou Kevin Rudd. "Enquanto falamos, novas atrocidades são cometidas", acrescentou.
O chefe da missão árabe na Síria, criticado por sua incapacidade de dar um fim a 10 meses de derramamento de sangue, deve apresentar em 24 horas um relatório "decisivo", no momento em que o regime parece tirar proveito das divisões internacionais para tentar abafar a revolta que deixou, segundo a ONU, pelo menos 5.400 mortos.



