Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Personagem

Parlamento argentino blinda vice de Cristina

Deputados governistas negam seis pedidos de impeachment de Amado Boudou, que responde processo por corrupção

Vice de Cristina Kirchner ainda encara processo na Justiça | Rafael Ibarra/Reuters
Vice de Cristina Kirchner ainda encara processo na Justiça (Foto: Rafael Ibarra/Reuters)

Cumprindo à risca a estratégia da Casa Rosada, os deputados kirchneristas rechaçaram ontem seis pedidos de impeachment do vice-presidente, Amado Boudou, processado por corrupção.

Apesar da pressão das bancadas opositoras, que intensificaram as críticas ao vice desde a confirmação do indiciamento, na semana passada, os deputados governistas derrubaram todos os pedidos à Comissão de Julgamento Político, onde controlam 17 dos 31 integrantes.

"Avançar num processo violaria o princípio da divisão de Poderes", declarou a presidente da comissão, a deputada kirchnerista Adela Segarra. Boudou foi acusado formalmente pelo juiz Ariel Lijo dos crimes de suborno e negociações incompatíveis com a função pública, quando era ministro da Economia, em 2010.

Na época, segundo Lijo, o vice favoreceu a empresa gráfica Ciccone, que superou um processo de falência. Pouco depois, 70% da companhia, que imprime a moeda nacional, foram comprados pelo fundo de investimentos The Old Fund, que pertencia a um suposto testa de ferro de Boudou.

No ano passado, o Con-gresso expropriou a Ciccone sem informar quem era o dono anterior. Ontem, Segarra fez um papelão ao não responder quem era o principal acionista da gráfica antes da expropriação. "O dono era Ciccone", respondeu a deputada kirchnerista, sem dizer quem controlava 70% das ações da empresa.

Copa

Os congressistas kirchneristas aproveitaram enquanto a seleção do país ainda está na Copa do Mundo, o que faz com que os argentinos prestem menos atenção ao desenrolar das acusações contra o vice-presidente Amado Boudou.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.