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Líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, tem sofrido forte perseguição contra candidatura às eleições deste ano contra a ditadura de Maduro
Líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, tem sofrido forte perseguição contra candidatura às eleições deste ano contra a ditadura de Maduro| Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

O Parlamento da Venezuela rejeitou o ultimato dado pelos Estados Unidos para que a candidata da oposição María Corina Machado concorra às eleições presidenciais deste ano no país sul-americano, sob pena de retomar as sanções contra o petróleo venezuelano.

A Casa aprovou por unanimidade um acordo "em rejeição a qualquer forma de ultimato dos Estados Unidos da América contra a integridade e a soberania da Venezuela", depois que Washington restaurou as sanções contra o ouro do país.

O presidente do Parlamento e negociador-chefe do governo no diálogo com a oposição, Jorge Rodríguez, criticou a advertência de retomar a política de bloqueio financeiro contra a Venezuela, a quem os EUA acusam de não ter cumprido os acordos políticos no período que antecedeu as eleições presidenciais.

"Com que moral um porta-voz vem dar um ultimato?", questionou Rodríguez, sob aplausos de vários parlamentares.

Ele ressaltou que a desqualificação de Machado será mantida e que haverá eleições sem a ex-deputada, que foi escolhida como candidata do principal bloco de oposição em uma eleição primária na qual obteve 92,35% dos votos.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, anunciou nesta terça-feira (30) na rede social X que, "em resposta às ações antidemocráticas" da ditadura de Nicolás Maduro, os Estados Unidos "revogaram o alívio das sanções ao setor de ouro da Venezuela".

Ele disse ainda que "o alívio para os setores de petróleo e gás venezuelanos será renovado em abril somente se os representantes de Maduro cumprirem seus compromissos", entre os quais a qualificação de Machado para concorrer nas eleições presidenciais programadas para o segundo semestre deste ano.

O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, respondeu às declarações, repudiando a medida tomada pela Casa Branca. Em uma publicação no X, o chanceler afirmou que o regime venezuelano repudia as novas tentativas de chantagem e interferência dos EUA em seus assuntos internos.

"Essas ações constituem um ultimato contra toda a sociedade venezuelana, uma vez que utilizam a coerção e ameaça, para impor um golpe no país, ignorando as instituições do Estado e o bem estar do povo", disse ainda Gil.

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