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O presidente dos EUA, Joe Biden, disse recentemente que a ajuda à Ucrânia e Israel está se esgotando rapidamente
O governo de Joe Biden autorizou novos ataques a milícias pró-Irã que atuam a partir do Iraque| Foto: EFE/ Juan Carlos Hidalgo

O Parlamento do Iraque pediu nesta quarta-feira (24) ao governo que acelere uma resolução aprovada em 2020 para expulsar do país as tropas da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, depois de Washington ter bombardeado na noite desta terça-feira (23) posições de uma milícia pró-Irã em território iraquiano.

Em um comunicado, a presidência da Legislatura solicitou ao governo que "acelere a execução da resolução da Câmara para expulsar completamente as forças estrangeiras do país", por considerar sua presença "uma ameaça à segurança e à estabilidade do Iraque e seu povo".

“A não aplicação (da resolução) será considerada uma clara violação da legislação e da vontade popular”, dizia a nota, reproduzida pela agência oficial de notícias iraquiana INA.

O Parlamento aprovou uma resolução em janeiro de 2020 para expulsar as tropas da coalizão internacional que luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), depois de Washington ter assassinado o poderoso general iraniano Qasem Soleimani naquele ano em Bagdá.

No entanto, a decisão não foi concretizada depois de uma série de acordos entre Bagdá e Washington e após a coalizão ter começado a adotar um papel consultivo e de treinamento para as Forças Armadas iraquianas.

O governo de Biden atingiu três enclaves usados ​​pela milícia iraquiana Kataib Hezbollah e outros grupos pró-Irã no Iraque que fazem parte do grupo pró-governo Multidão Popular, integrado de fato nas Forças Armadas.

O Kataib Hezbollah, intimamente ligado a Teerã, é considerado terrorista por Washington e também faz parte da aglomeração de milícias pró-Irã da Resistência Islâmica no Iraque, que desde o início da guerra na Faixa de Gaza assumiu a responsabilidade por mais de uma centena de ataques contra posições dos EUA nesse país e na Síria.

Tanto o governo como o Parlamento condenaram o novo ataque dos EUA ao seu território e consideraram-no “uma agressão flagrante contra a soberania do Iraque”, bem como “uma falta de respeito pelos acordos e convenções internacionais e bilaterais por parte dos Estados Unidos”.

Após outro bombardeio dos EUA contra uma milícia da Multidão Popular no início de janeiro, o primeiro-ministro iraquiano Mohammed Shia al Sudani anunciou a formação de um comitê bilateral para programar a retirada das forças da coalizão internacional do país. (Com Agência EFE)

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