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O Parlamento do Mercosul foi instalado hoje em Montevidéu, com a participação de legisladores de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

No Parlamento uruguaio, o vice-presidente do país, Rodolfo Nin Novoa, deu as boas-vindas às autoridades dos Governos e aos parlamentares dos cinco países. Em seguida, iniciou-se a primeira sessão solene do legislativo do bloco.

O senador paraguaio Alfonso González Núñez, que presidiu a sessão inaugural, foi eleito presidente do Parlamento do Mercosul para os dois próximos anos pela mesa executiva da câmara, composta por 90 parlamentares, 18 de cada país membro.

Estiveram presentes na inauguração os chanceleres do Brasil, Paraguai e Uruguai, assim como um subsecretário da Argentina, além de convidados de outros legislativos regionais, como os Parlamentos Europeu, o Andino, o Centro-Americano e o Latino-Americano.

Com a formação do Parlamento do Mercosul, "a integração está reforçada", disse o chanceler do Paraguai, Ruben Ramírez Lezcano, cujo país exerce, este semestre, a Presidência "pro tempore" do bloco.

Para Lezcano, a "nova realidade" fortalece os objetivos estabelecidos no Tratado de Assunção, através do qual o Mercosul foi criado, em 1991.

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que a instalação do Parlamento "demonstra a maturidade política do Mercosul e reforça sua cláusula democrática".

Para o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Reinaldo Gargano, o órgão "é um pilar da integração".

"Essa é a integração que queremos para ter uma América do Sul próspera e que incida na cena política internacional", afirmou o chanceler uruguaio.

Por sua vez, o subsecretário argentino de Integração Econômica e Mercosul, Eduardo Sigal, afirmou que a instalação do Parlamento "representa um salto qualitativo espetacular no processo de integração regional".

A criação do Parlamento regional "é um marco e uma garantia para a democracia", assegurou.

A Venezuela não participou dos discursos oferecidos dos representantes dos Governos, já que ainda não concluiu seu processo de entrada formal no Mercosul. No entanto, os parlamentares venezuelanos integrarão as comissões de trabalho do Parlamento e terão voz nas decisões do legislativo, apesar de não poderem votar.

Amanhã será realizada a primeira sessão ordinária do Parlamento do Mercosul, e, entre seus primeiros temas a definir, estão o regulamento interno e assuntos de orçamento.

Os parlamentares do bloco, escolhidos entre os membros dos Parlamentos nacionais, irão se reunir na última semana de cada mês, a partir de 25 de junho, na Prefeitura de Montevidéu, enquanto sua futura sede ainda não é definida.

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