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Votação

Partido de Merkel sofre uma derrota “amarga”

Revés na eleição estadual levanta dúvidas sobre capacidade da chanceler alemã para conquistar um novo mandato em 2013

Merkel faz careta ao comentar o desempenho do seu partido nas eleições estaduais | John MacDougall/AFP
Merkel faz careta ao comentar o desempenho do seu partido nas eleições estaduais (Foto: John MacDougall/AFP)

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou ontem que as perdas sofridas por seu partido, a União De­­mocrata Cristã (CDU), nas eleições realizadas no estado mais populoso do país foram uma "derrota amarga".

A CDU, de centro-direita, foi derrotada nas eleições estaduais da Renânia do Norte-Vestfália para o Par­­tido Social Democrata (SPD) e o Partido Verde, de centro-esquerda, levantando dúvidas sobre a capacidade de Merkel se manter no poder além de 2013.

Embora tenha admitido que a derrota foi "amarga", Merkel afirmou que ela não afetará sua política de austeridade para a Europa e as eleições federais alemãs de setembro de 2013.

Dados oficiais informaram ontem que o SPD conquistou 39% dos votos, com­­ vitória da candidata Han­­nelore Kraft. A CDU de Mer­­kel teve queda nos votos, de 34% nas últimas eleições para 26% no domingo. Foi o pior resultado para a CDU na Renânia do Norte-Vestfália desde o final da Segunda Guerra Mundial.

O Estado da Renânia do Norte-Westfália é o mais populoso da Alemanha, com 18 milhões de habitantes e 13 milhões de eleitores. O estado também é considerado o motor econômico do país, com sua região mais industrializada, o Vale do Ruhr.

Merkel sugeriu que não está preocupada com as perspectivas para sua reeleição no próximo ano. "Estou muito tranquila com relação à eleição geral", disse. Ela apontou para as pesquisas de intenção de voto que indicam a indecisão de grande parte do eleitorado alemão.

Ela disse que seu trabalho na Europa "não será afetado" pelos resultados da eleição na Renânia do Norte-Vestfália. E afirmou que conversará com a oposição alemã. "Não existem contradições entre políticas orçamentárias sólidas e crescimento econômico. Isso nos guiará durante as negociações nas próximas semanas", disse. "Eu não estava concorrendo nas eleições de lá."

A chanceler alemã deverá debater demandas do presidente eleito da França, François Hollande, que deverá visitá-la hoje em Berlim pouco antes de tomar posse, em Paris.

Hollande defende a adoção de políticas de crescimento econômico na União Europeia (UE). Hollande defendeu durante a campanha eleitoral, antes de derrotar o presidente Nicolas Sarkozy, a renegociação do pacto fiscal europeu firmado em dezembro passado.

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