Pence encontra em casa documentos confidenciais de quando era vice-presidente

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Mike Pence, que foi vice-presidente dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump (2017-2021), encontrou documentos sigilosos em sua residência no estado de Indiana, segundo informou a imprensa americana nesta terça-feira (24).

Pence descobriu esses papéis em 16 de janeiro e um de seus advogados, Greg Jacob, notificou o Congresso e o Arquivo Nacional, instituição que guarda documentos sensíveis e confidenciais.

Segundo o advogado de Pence explicou ao Arquivo Nacional, os documentos estavam na casa do ex-vice-presidente em Indiana por engano.

Especificamente, um "pequeno número" de documentos sigilosos foi "embalado e transportado" da Casa Branca para a residência do ex-vice-presidente sem o seu conhecimento.

De fato, como enfatizou o advogado, Pence "não tinha conhecimento da existência de documentos confidenciais ou sensíveis em sua residência pessoal".

Pence, que apoiou Trump durante a maior parte de sua presidência, se distanciou dele após o ataque ao Capitólio em 2021 e depois de ser pressionado pelo então presidente a anular a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 2020.

Agora Pence está emergindo como candidato à indicação presidencial republicana e publicou uma autobiografia intitulada “So help me God" ("Que Deus me ajude", em tradução livre, expressão comum ao se fazer juramentos formais).

Segundo a emissora de televisão “Fox”, a equipe de Pence decidiu vasculhar a casa do ex-vice-presidente em Indiana e seu escritório no think tank conservador Advancing American Freedom após as revelações sobre Biden.

Neste mês, foi revelado que a equipe de Biden havia encontrado documentos sigilosos da época em que ele era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) e quando foi senador (1973-2009).

Os documentos foram descobertos na casa de Biden em Wilmington, Delaware, e em seu escritório particular no think tank Penn Biden Center em Washington.

O governo Biden tentou se distanciar do caso dos documentos sigilosos encontrados pelo FBI na mansão de Trump em Mar-a-Lago (Flórida).

Os documentos de Biden foram encontrados pelos próprios advogados e entregues às autoridades, ao contrário do que aconteceu em Mar-a-Lago, em que houve a intervenção do Departamento de Justiça para recuperar os papéis.