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Candidato conservador ganhou notoriedade com atuação anticorrupção no Judiciário e alegou desilusão com a política ao decidir se candidatar à presidência
Candidato conservador ganhou notoriedade com atuação anticorrupção no Judiciário e alegou desilusão com a política ao decidir se candidatar à presidência| Foto: EFE/EPA/Lee Jin-man

O ex-procurador Yoon Suk-yeol, de 61 anos, que acaba de vencer uma corrida eleitoral apertada contra o candidato governista Lee Jae-myung e será o novo presidente da Coreia do Sul, tem uma trajetória com algumas semelhanças com Sergio Moro.

Assim como o ex-juiz brasileiro, Yoon ganhou notoriedade com atuação anticorrupção no Judiciário e alegou desilusão com a política ao decidir se candidatar à presidência.

Primeiro ex-procurador a se tornar presidente da Coreia do Sul, ele atuou nessa carreira durante 25 anos e levou à prisão os ex-presidentes conservadores Lee Myung-bak e Park Geun-hye, o herdeiro da Samsung (maior empresa do país) Lee Jae-yong e o ex-presidente da Suprema Corte Yang Sung-tae.

Nomeado procurador-geral em 2019 pelo atual presidente, o liberal Moon Jae-in, Yoon bateu de frente com o Executivo ao processar o então ministro da Justiça, Cho Kuk, e renunciou ao cargo no início do ano passado.

Ainda em 2021, oficializou sua candidatura à presidência pelo conservador Partido do Poder Popular (PPP). “Até recentemente, eu nunca tinha imaginado entrar na política", disse Yoon durante a campanha. “Mas as pessoas me colocaram na posição em que estou agora, em uma missão para tirar o incompetente e corrupto Partido Democrata do poder.”

Yoon, que iniciará em 10 de maio seu mandato único de cinco anos (a constituição sul-coreana não prevê reeleição), forjou na semana passada uma aliança com o centrista Ahn Cheol-soo para unificar as candidaturas – dessa forma, terá que incluí-lo e seus colaboradores no futuro governo.

Uma das bandeiras de sua campanha foi uma política mais rígida contra a Coreia do Norte, que na semana passada realizou seu nono teste de mísseis somente este ano.

Ao contrário de Moon, que pregou diálogo com Pyongyang durante seu mandato, Yoon quer mais sanções internacionais contra a ditadura norte-coreana e planeja desenvolver tecnologia para ataques preventivos em caso de ameaça nuclear iminente do país vizinho.

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