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O Peru realizará uma campanha contra o armamentismo na América do Sul, incluindo a formação de uma força de paz contra ameaças externas e a assinatura de um pacto de não-agressão, disse na segunda-feira o chanceler José Antonio García Belaunde.

Ministros peruanos devem viajar pela região promovendo a ideia, mas ainda não há uma agenda definida, segundo Belaunde.

"Temos definido que (os ministros) têm de ir a todos os países da Unasul (União Sul-Americana de Nações), porque são eles que vão trabalhar a iniciativa peruana, e o presidente (Alan García) terá de decidir quem são os ministros encarregados dessa tarefa", disse Belaunde a jornalistas estrangeiros.

O presidente García enviou em setembro uma carta a líderes da Unasul reunidos em Quito, na qual propôs o acordo regional de não-agressão. A proposta causou mal-estar no Chile, que tem um litígio internacional com o Peru devido a uma questão de limites marítimos.

Depois, García conclamou a Organização dos Estados Americanos (OEA) a participar dos esforços para frear as crescentes aquisições de armas na América Latina, assunto que gera atritos entre diversos governos regionais.

"O que estamos entregando como chancelaria ao presidente é uma documentação formal sobre sua iniciativa (...), e o que fizemos foi propor ao presidente como se pode traduzir isso em instrumentos internacionais", disse o chanceler.

Alan García disse recentemente que, nos últimos cinco anos, a América do Sul gastou cerca de 153 bilhões de dólares para manter suas forças armadas, além de cerca de 23 bilhões para adquirir novas armas.

Nos últimos meses, assuntos militares turvaram os ânimos no continente, em particular o acordo militar pelo qual a Colômbia autoriza os EUA a utilizarem sete bases militares no país.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que o plano "semeia a guerra" na região. Além disso, aquisições bélicas feitas por Venezuela, Equador e Chile geram preocupação entre seus vizinhos.

A Venezuela, por exemplo, negocia com a Rússia a compra de 2,2 bilhões de dólares em armas, enquanto Equador e Chile recentemente fortaleceram suas forças aéreas.

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