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Monumento arqueológico

Peru vai processar Greenpeace por protesto nas Linhas de Nazca

Ativistas entraram em uma área proibida para fazer um alerta sobre as alterações climáticas

Protesto realizado por ativistas junto às Linhas de Nazca, no Peru | Greenpeace/Reuters
Protesto realizado por ativistas junto às Linhas de Nazca, no Peru (Foto: Greenpeace/Reuters)

O presidente do Peru, Ollanta Humala, disse nesta sexta-feira (12) que o país está processando a organização não governamental (ONG) Greenpeace por invasão ao monumento arqueológico Linhas de Nazca. Ele exigiu um pedido de desculpas à ONG.

"Espero que haja um pedido de desculpa, à margem das ações que os ministérios da Cultura e da Justiça estão promovendo", disse Humala na televisão pública do Peru.

Esta é a primeira reação do chefe de Estado do Peru, depois de alguns ativistas da Greenpeace terem feito, na última segunda-feira (8), nas Linhas de Nazca, uma manifestação de alerta sobre as alterações climáticas.

A ação ocorreu em área estritamente proibida, ao lado da figura de um beija-flor, onde colocaram letras gigantes de tecido amarelo com a frase "Time for Change! The Future is Renewable" (É Tempo de Mudar! O Futuro É Renovável!), segundo informações do Ministério da Cultura do Peru.

A declaração foi feita um dia depois de o vice-ministro peruano da Cultura, Luis Jaime Castillo, ter recusado o pedido de desculpa de um representante da Greenpeace. A organização ambientalista alega que não causou danos às Linhas de Nazca.

"Não aceitamos as desculpas. Eles não aceitam os danos causados", disse o vice-ministro da Cultura, depois de ter recebido o porta-voz da Greenpeace.

O grupo disse lamentar eventual "ofensa moral" que o protesto realizado no local histórico, na segunda-feira, possa ter causado ao povo do Peru. O Greenpeace disse ainda que vai colaborar com o governo para determinar se houve algum dano ao local e que vai parar de usar as fotos que tirou do protesto como parte de suas campanhas.

Patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura desde 1994, as Linhas de Nazca, com mais de 2 mil anos, são representações de figuras de diferentes complexidades, que vão desde simples linhas até imagens de animais e plantas, no Deserto de Nazca, no Peru.

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