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Os resultados das primeiras pesquisas publicadas após as eleições de domingo no Senegal indicam uma disputa acirrada pela presidência do país entre o atual líder, Abdoulaye Wade, e o opositor Macky Sall, o que forçaria a realização do segundo turno.

Segundo anunciou na madrugada desta segunda-feira a emissora local "RFM", que citou números baseados em uma enquete realizada em mil sessões eleitorais, o presidente Wade, candidato do governante Partido Democrático Senegalês (PDS), ganharia o primeiro turno com 32% dos votos.

Por sua parte, Sall, da Aliança para a República (APR), obteria 26% de votos, e por isso nenhum dos dois candidatos mais votados obteria a maioria absoluta necessária para declarar-se vencedor.

O líder da Aliança das Forças de Progresso (AFP), Moustapha Niasse, alcançaria 18% dos sufrágios e ficaria com a terceira posição, na frente do representante do ex-governante Partido Socialista (PS), Ousmane Tanor Dieng, que teria 10% de apoio.

Embora a Comissão Nacional Eleitoral Independiente do Senegal não tenha publicado os resultados parciais após ter contabilizado 25% dos votos, as emissoras de rádio garantem que se confirmará o que apontam as pesquisas.

O próprio Sall afirmou na madrugada desta segunda-feira, em entrevista coletiva, que após a apuração de mais três mil sessões eleitorais, um segundo turno parece inevitável.

"Os eleitores votaram com calma e sem incidentes, e demonstraram assim a maturidade do povo senegalês", acrescentou Sall, que pediu ao governo que evite qualquer tentativa de manipulação do processo eleitoral com a intenção de dar a Wade a vitória no primeiro turno.

Vários comentaristas consideram que o segundo turno seria extremamente negativo para o atual líder, de 85 anos, que se negou a retirar sua candidatura para estas eleições apesar da onda de protestos e dos violentos confrontos que deixaram pelo menos nove mortos no país. EFE

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