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Manifestação em Berlim no último fim de semana, em solidariedade aos que foram reprimidos durante os protestos pela morte de Mahsa Amini no Irã
Manifestação em Berlim no último fim de semana, em solidariedade aos que foram reprimidos durante os protestos pela morte de Mahsa Amini no Irã| Foto: EFE/EPA/CLEMENS BILAN

A Justiça do Irã indiciou 315 pessoas pelo envolvimento nos protestos ocorridos após a morte de Mahsa Amini, que estava sob custódia da polícia, por ter sido detida devido a suposto “uso inadequado” do véu islâmico.

Contra quatro dos acusados formalmente, foi pedida pena de morte pelo Ministério Público local. O procurador de Teerã, Ali Salehi, anunciou as 315 acusações por “intenção de atuar contra a segurança do país”, “propaganda contra o sistema” e “perturbação da ordem pública”, segundo informou a agência de notícias Mizan, vinculada ao Poder Judiciário.

Quatro dos acusados foram indiciados por “inimizade contra Deus” e por usar “armas para aterrorizar a sociedade, ferir membros das forças de segurança, atear fogo e destruir propriedade pública e privada”, segundo detalhou Salehi.

Pelo menos 3 mil pessoas foram presas apenas na província de Teerã, sendo 500 delas estudantes, desde o início das manifestações. Todos os menores de idade foram libertados, segundo o parlamentar Alireza Beigi.

As autoridades do Irã, contudo, não divulgaram o número total de detidos, nem de mortos no país, mas a ONG Iran Human Rights, sediada na Noruega, estima que foram 215 vítimas.

O país persa é palco de onda de protestos desde 16 de setembro, quando ocorreu a morte de Amini, que havia sio detida três dias antes pela polícia dos costumes iraniana. Na prisão, ela teria sido torturada pelos agentes das forças de segurança, o que o governo do Irã nega.

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