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Presidente da Colômbia

Petro acusa EUA de criarem “ficção” sobre cartel para derrubar Maduro

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro. (Foto: Carlos Ortega/EFE)

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou nesta segunda-feira (25) que o Cartel de los Soles é uma “invenção” da “extrema-direita” liderada pelos Estados Unidos para justificar ações contra governos latino-americanos que não seguem a linha de Washington.

“O cartel de los soles não existe, é a desculpa fictícia da extrema-direita para derrubar governos que não lhes obedecem”, escreveu em sua conta na rede social X.

As declarações acontecem no momento em que os Estados Unidos reforçam sua presença militar no Caribe, especialmente perto da Venezuela. Segundo a agência Reuters, o governo Trump enviou o cruzador USS Lake Erie e o submarino nuclear USS Newport News para se juntar a um esquadrão anfíbio que já opera próximo à costa venezuelana, composto pelo USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Fort Lauderdale. O destacamento reúne cerca de 4.500 militares americanos, incluindo 2.200 fuzileiros navais, e tem como objetivo enfrentar cartéis de drogas classificados por Washington como organizações narcoterroristas.

O governo Trump acusa o regime de Nicolás Maduro de estar diretamente envolvido no tráfico internacional de cocaína por meio do Cartel de los Soles, já designado como grupo terrorista. A recompensa pela prisão do ditador venezuelano foi elevada para US$ 50 milhões.

Petro, porém, insiste que a cocaína que passa pela Venezuela é controlada por uma “Junta do Narcotráfico” formada por clãs colombianos e até políticos locais. Tal junta seria liderada, segundo Petro, por pessoas que vivem na Europa e no Oriente Médio. Em outra publicação, feita no último dia 20, ele afirmou que “quem maneja o tráfico de cocaína pela Venezuela não é o ‘cartel de los soles’, essa é uma mentira como as armas de destruição em massa do Iraque”.

Em outro post, Petro também disse que uma eventual invasão americana à Venezuela poderia provocar milhões de migrantes cruzando para a Colômbia e derrubar o preço do petróleo para menos de US$ 50, o que afetaria gravemente a estatal colombiana Ecopetrol.

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