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Presidente da Colômbia

Petro quer apoio do Catar para “desescalar” crise com Trump

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, caminha ao lado do emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani. (Foto: Presidência da Colômbia/EFE)

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recorreu ao emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, para mediar as tensões em curso com o governo de Donald Trump, dos EUA.

Petro se encontrou com Al Thani nesta segunda-feira (3), em Doha, e, por meio das redes sociais, descreveu a reunião como uma tentativa de “desescalar o conflito” diplomático com os americanos.

“Eu proponho mediar para desescalar o conflito com Trump. Somos o governo mais bem-sucedido na apreensão de cocaína do mundo”, escreveu o colombiano no X.

A crise entre o governo Petro na Colômbia e os EUA ganhou força após o Departamento do Tesouro americano sancionar o presidente colombiano, sua esposa, Verónica Alcocer, seu filho Nicolás Petro e o ministro do Interior, Armando Benedetti, sob acusação de que estavam ajudando o tráfico de drogas. A sanção, aplicada por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), bloqueia ativos e proíbe transações com cidadãos e empresas americanas.

As sanções contra Petro, aliados e seus familiares se somaram a outras medidas de Washington. Em setembro, o governo Trump retirou a Colômbia da lista de países cooperantes no combate às drogas e revogou o visto do presidente colombiano, depois que ele participou de uma manifestação pró-Palestina em Nova York durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

Durante a visita ao emir, Petro também tratou de temas internos, como as negociações de paz com o Clã do Golfo - o maior grupo criminoso do país - e com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).

“Falamos de mediação com o EGC (Exército Gaitanista da Colômbia, como o Clã do Golfo se autodenomina) e o ELN para alcançar a paz no Caribe”, declarou.

O Catar tem atuado como interlocutor entre o governo colombiano e os grupos armados desde setembro, quando as partes assinaram em Doha um acordo de “construção de confiança” e substituição de cultivos ilícitos em regiões controladas pelo narcotráfico. Petro e o emir mantêm contato frequente - esta foi a quarta reunião entre ambos desde o início do ano.

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