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Confisco de navios

Após pressão de Trump, petroleiros cancelam operações em portos da Venezuela

O ditador Nicolás Maduro: ao menos quatro superpetroleiros não estão mais operando nos portos da Venezuela (Foto: Miguel Gutiérrez/EFE/EPA)

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Ao menos quatro importantes petroleiros deixaram de realizar operações em portos da Venezuela devido à pressão crescente imposta pelo presidente Donald Trump sobre o regime de Nicolás Maduro do país sul-americano.

A decisão da empresas foi tomada na segunda-feira, depois que Washington apreendeu um navio que transportava quase dois milhões de barris de petróleo bruto venezuelano, que deveriam carregar o recurso até a estatal venezuelana PDVSA.

O confisco dos Estados Unidos gerou um "efeito dominó" e agravou ainda mais a já grave crise do setor energético venezuelano.

A nova investida do governo de Donald Trump teve início na semana passada com a apreensão de um superpetroleiro (VLCC), acusado de transportar petróleo bruto venezuelano de forma clandestina, violando as sanções impostas pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos.

Na ocasião, foi descoberto que o petroleiro navegava sob bandeira falsa e já havia se envolvido no comércio ilícito de petróleo bruto do Irã, outro país sancionado internacionalmente.

Com essas ações americanas, estima-se que mais de 11 milhões de barris de petróleo bruto venezuelano permaneçam imobilizados a bordo de diversas embarcações na região, aguardando instruções ou em processo de cancelamento de contratos de carregamento.

No momento, apenas os navios fretados pela Chevron continuam navegando por possuírem uma licença especial concedida pelos Estados Unidos para operar.

Ainda na segunda, os Estados Unidos realizaram ataques contra três embarcações supostamente operadas por narcotraficantes no Pacífico Oriental, próximo à Colômbia, como parte da operação Lança do Sul.

Durante os ataques, oito tripulantes foram mortos, de acordo com uma publicação do Comando Sul em sua conta na rede social X, onde anexou o vídeo da operação ordenada pelo secretário de Guerra americano, Pete Hegseth.

A inteligência militar dos Estados Unidos confirmou que as embarcações se deslocavam por rotas conhecidas de narcotráfico e participavam ativamente no transporte de drogas e armamentos.

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