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Economia argentina cresceu 6,5% entre janeiro e junho, bem abaixo dos 10,5% no primeiro semestre de 2021; economistas preveem incremento de apenas 1% no ano que vem
Economia argentina cresceu 6,5% entre janeiro e junho, bem abaixo dos 10,5% no primeiro semestre de 2021; economistas preveem incremento de apenas 1% no ano que vem| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina acumulou um crescimento de 6,5% no primeiro semestre deste ano, abaixo do ritmo de expansão em 2021, e pode pisar ainda mais no freio no segundo semestre, abrindo caminho para as previsões de uma clara desaceleração para 2023.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o PIB argentino cresceu 6,9% na comparação entre o segundo trimestre do ano passado e o de 2022, emplacando assim uma sequência de seis trimestres consecutivos de aumento.

No primeiro semestre, o PIB da Argentina registrou um aumento de 6,5%, bem abaixo da recuperação de 10,5% alcançada no primeiro semestre de 2021.

Após este desempenho no primeiro semestre, a economia argentina, marcada durante anos por fortes desequilíbrios, entrou no segundo semestre com o pé esquerdo.

No final de junho, a desconfiança do mercado e maiores restrições às importações na tentativa de conter o esgotamento das reservas do Banco Central causaram um abalo financeiro.

Em julho, em meio a tensões crescentes dentro da coalizão governista, houve sucessivas mudanças no comando do Ministério da Economia, até a chegada de Sergio Massa, no início de agosto.

No processo, a inflação já elevada da Argentina acelerou acentuadamente, e as cotações do dólar paralelo saltaram acentuadamente, afetando produção, consumo e decisões de investimento.

A chegada do Massa e seu discurso moderado em favor da manutenção do curso de reorganização econômica delineado no acordo feito em março com o Fundo Monetário Internacional (FMI) conseguiram reduzir as tensões, embora os desequilíbrios persistam, e seus efeitos prejudiciais estejam sendo sentidos no desempenho econômico no segundo semestre.

De acordo com as projeções do próprio governo no orçamento de 2023 apresentado na semana passada, o PIB fechará este ano com um crescimento de 4%, bem abaixo da recuperação de 10,4% alcançada em 2021, após três anos de grave recessão.

Os economistas privados que o Banco Central consulta mensalmente para seu relatório sobre as expectativas preveem que no próximo ano a economia argentina crescerá apenas 1%.

A projeção oficial incluída no Orçamento de 2023 é um pouco mais otimista, com um aumento de 2%.

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