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Um comprimido que é tomado uma vez por dia e que reúne duas drogas anti-aids da Gilead Sciences reduziu em quase 44 por cento o risco de contaminação por HIV em homens gays e bissexuais com perfil de alto risco, relataram pesquisadores nesta terça-feira.

Os homens que tomaram a pílula tiveram consistentemente um risco de contaminação 70 por cento mais baixo ao longo de dois anos, revelou o estudo promovido pelo governo norte-americano no Peru, Tailândia, África do Sul e outros países.

É o primeiro estudo a mostrar que tomar medicamentos antes da infecção pode reduzir o risco de transmissão do HIV e tem o potencial de ser uma arma na luta contra o vírus fatal e incurável, disseram os pesquisadores.

É o terceiro avanço recente nas pesquisas sobre prevenção da aids, meses após um estudo divulgado em julho ter mostrado que um gel pode ajudar a proteger mulheres contra o vírus e outro estudo do ano passado ter divulgado uma vacina que exerce efeito parcialmente protetor.

"Estes resultados representam um avanço importante nas pesquisas de prevenção do HIV", disse Kevin Fenton, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, em comunicado.

A equipe internacional de cientistas estudou 2.499 homens gays, bissexuais e transgêneros com perfil de alto risco de infecção pelo vírus causador da aids. Metade deles tomou o comprimido Truvada, que contém as drogas tenofovir e entricitabina, da Gilead, e metade tomou um placebo.

Após dois anos e meio, cem dos homens estavam contaminados pelo vírus da imunodeficiência humana, causador da aids - 36 que tomaram o Truvada e 64 dos que tomaram um placebo.

"Isso significa que a ingestão diária do Truvada reduziu o risco de contaminação pelo HIV em 43,8 por cento", disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, que financiou o estudo.

As pessoas frequentemente se esquecem de tomar pílulas, e por essa razão os pesquisadores fizeram exames de sangue regulares nos pacientes. Os homens que mostraram ter a droga ativa em seu sangue 90 por cento do tempo tiverem um risco 73 por cento menor de contrair o vírus do que aqueles que tomaram placebo.

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